Os games Mario precisam de um novo paradigma?

Saudações aos encanadores.

O texto de hoje pode soar como uma divagação ou uma viagem a princípio, mas o que pretendo aqui é gerar uma discussão sobre game design. Não se trata exatamente de uma crítica, ou uma daquelas análises que os sites e revistas fazem, e sim discutir sobre o que a série Mario representou, representa e representará em termos de gameplay. Mas vamos em frente que vocês perceberão o que quero dizer.

Pleonasmo a parte, vamos começar pelo começo. Estava eu dando uma lida em alguns textos do blog do Sean Malstrom, parte porque gosto dos textos dele e parte procurando algo de interessante para traduzir para o Loading Time. Em um de seus posts, o analista começou a tratar sobre aquela suposta patente referente ao Zelda Wii, e em dado momento seu raciocínio foi parar nos jogos Mario. Foi aí que algo me chamou atenção:

“Desde as gerações 8 e 16-bit, Mario se tornou cada vez menos popular. Muito disso se deve ao gameplay 3d de Mario, que não é impressionante do mesmo modo do gameplay 2d. Miyamoto reconhece isso, e declarou publicamente que Super Mario Galaxy foi pensado para corrigir os erros do gameplay 3d e buscar o entusiasmo do velho gameplay 2d nesse jogo 3d. Essa é a razão da câmera em olho de peixe, porque o jogo frequentemente vira 2d de tempo em tempo.Super Mario Galaxy não chega nem perto do sucesso dos Marios 2d, New Super Mario Bros incluso. A larga base instalada do Wii obviamente salvou o jogo de vendas medíocres (medíocre significa menos do que as expectativas da Nintendo). Mas Super Mario Galaxy claramente falhou em criar o mesmo ‘excitação’ por Mario, que os antigos jogos 2d um dia causaram. Isso é o porquê você frequentemente vê Super Mario Galaxy à venda em várias lojas. Você não vê Wii Fit à venda. Você não vê Wii Play à venda. Existe uma razão para essas coisas. ”

Malstrom está certo mais uma vez. Se buscarmos dados de vendas na internet, certamente veremos que Super Mario 64, Super Mario Sunshine e Super Mario Galaxy venderam menos que Super Mario Bros, Super Mario Bros 3, Super Mario World e New Super Mario Bros. Tanto Mario 64 quanto SMW foram jogos de lançamento para Nintendo 64 e Super Nes respectivamente, e vejam a diferença comercial entre as duas versões. Em uma comparação entre NSMB e SMG alguém poderia dizer “ah, mas a base instalada do DS era maior que a do Wii quando NSMB foi lançado”. Sobre isso, cito Malstrom novamente:

“Mario é A maior franquia dos videogames. O que Mario foi durante a geração 8-bit não pode ser comparado com nada hoje. Super Mario Bros não precisou de base instalada para vender. VENDEU o NES. Super Mario World VENDEU o Snes… de cara. As pessoas fizeram tudo para comprar o novo game Mario de NES.”

Digam-me se não é verdade? Tenho certeza que NSMB ajudou a vender mais DS, tanto que até a pouco tempo atrás ainda aparecia bem posicionado nas listas de NPD e Enterbrain da vida. Eu estive em Orlando em janeiro desse ano, não havia Wii Fit em lugar nenhum (e só achei em uma loja da Yes Brasil), e na maioria das lojas o Wii também estava esgotado. Mas em todas elas haviam caixinhas do Mario Galaxy. Claro que minha experiência não significa nada em termos estatísticos, mas todos sabem que não houve qualquer frenesi por Galaxy onde quer que fosse.

Gameplay 2d e paradigma

Saindo da questão das vendas, falo do gameplay, que era o que queria tratar desde o começo. O que faz alguém jogar um videogame? Os mais apressados diriam que é o marketing, mas não, o que realmente chama alguém para um jogo é o game design, incluído aí o gameplay. Não há propaganda, trailer, nem ações marketeiras que venda um jogo se as pessoas acharem que o gameplay não é atrativo. Super Mario Bros não tinha gráficos avançados. Wii Sports chamou a atenção desde o começo porque pela primeira vez aquilo que as pessoas faziam com o controle correspondia de forma quase igual no jogo. Ainda sim, esses jogos é que impulsionavam as vendas dos consoles correspondentes. Eram os próprios jogadores que faziam o marketing, na base do boca a boca.

Quando olhamos para os games Mario em 2d, podemos perceber que havia um paradigma na estrutura de jogo ao qual todos seguiam apenas com pequenas variações. Ao jogador cabia um conjunto de ações básicas, com os estágios projetados para mostrar situações que as requeriam com maior ou menor grau de habilidade e precisão. Os jogos possuíam progressão linear, a dificuldade era crescente e cada fase era uma experiência distinta. Claro que havia elementos extras, como as warp zones secretas de Super Mario Bros e a flauta de Super Mario 3, mas nesses jogos só era possível seguir em frente e mesmo assim não se podia escolher a seqüência de fases. Ou seja, pulava-se de “mundo” (ou mapa), mas não dava, por exemplo, jogar na fase “5-3” e depois na “4-1”. Em Super Mario World era possível retornar a estágios anteriores, mas isso só fazia sentido naqueles que tinham saídas secretas, como aquelas fases que liberavam os blocos coloridos, por exemplo. Mas mesmo assim, era algo opcional, mais para aqueles que queriam explorar mais o jogo e não um objetivo obrigatório ao prosseguimento do jogo, como ocorre nas versões 3d (falo sobre isso mais adiante no texto).

Outro elemento importante do gameplay dos Marios 2d era o uso de power ups, como o cogumelo, flor, estrela, folha, pena, etc. Esses itens eram importantes dentro das situações das fases, assim como abriam novos caminhos e possibilidades para os jogadores diante dos diversos desafios enfrentados. Não estavam nos jogos por acaso, são ferramentas que os jogadores recebiam dos programadores, recursos extras já que não eram essenciais para vencer as fases. Com uma boa dose de habilidade é possível passar pequeno e sem poderes por todas as situações de todas as fases nos Marios 2d. Já em Mario Galaxy, por exemplo, é impossível pegar algumas estrelas na Honeycomb galaxy sem a roupa de abelha.

No mundo tridimensional

A partir de Super Mario 64 toda essa estrutura foi abandonada em prol de uma nova, para atender a uma configuração completamente distinta. Ao invés de simplesmente repetir o esquema dos jogos anteriores apenas acrecido de gráficos poligonais e efeitos tridimensionais, Miyamoto e sua equipe preferiram criar tudo do zero. O resultado é aquele que todos já conhecemos, com o castelo da princesa Peach servindo de base para abrigar todos os estágios, que por sua vez estão abrigados em quadros que mostram o tema da fase. E é aqui que houve a principal mudança dos games 3d em relação aos 2d: o objetivo.

Nos games antigos, seu objetivo era seguir em frente, ou seja, passar as fases. Os obstáculos estavam todos lá para te atrasar e testar a habilidade do jogador. Paralelo a isso havia o contador de tempo, que pressionava o jogador e criava tensão sobre as partidas. Em Mario 64 tudo isso foi substituído pelo processo de acumular estrelas, e para tal cabia ao jogador cumprir objetivos específicos. Para cada estrela adquirida o jogador devia entrar e sair da mesma fase, apenas cumprindo uma tarefa diferente. Talvez seja aí que o encanto de muita gente tenha diminuído. Para muitos é mais divertido passar de fase do que cumprir tarefas, talvez pelo fato de que haja aí uma novidade constante, além do sentimento de recompensa que há em superar mais um desafio e dar um passo adiante no game; diferente de apenas cumprir a terceira ou quarta tarefa da mesma fase. Quando eu era novo, quase a minha família inteira jogava Super Mario Bros e sempre haviam comentários do tipo “Eu consigo chegar até o quarto mundo!” ou “Só falta uma fase para chegar ao sexto castelo!” Agora, vocês já ouviram alguém dizer “Só faltam três estrelas para completar o térreo do castelo?”

Outra modificação importante foram os próprios power ups, que como disse antes no texto, eram ferramentas que os jogadores tinham para proceder nas vezes; em Mario 64 elas se transformaram em requerimentos essenciais para cumprir apenas algo específico, como nas fases que tem que atravessar paredes ou virar metal para alcançar alguma estrela. Nos games 2d o jogador ficava de posse dos power ups, o que ocasionava uma sensação de perda quando se sofria um revés, o que por sua vez aumentava a importância desses itens. Em Mario 64, isso não ocorria, o que a meu ver engessava os power ups. Por exemplo, de que adiantava aquela sensação de liberdade toda que o boné de asa dava, se isso só servia para pegar uma única estrela em um único objetivo de uma fase? Em Super Mario Galaxy a situação se repete, com situações de obviedade. Fase com grandes saltos? Mario mola. Atravessar magma? Cogumelo de gelo. Escalar e planar? Mario abelha. Quando entramos na fase já sabemos o que tem que fazer, não há outra opção. É só pegar o power up, realizar o objetivo, sair da fase e completar o próximo objetivo com algum outro power up, se houver.

Isso talvez mostre uma limitação do level design, haja vista que determinadas fases são incompatíveis com certos power ups, coisa que não ocorria nos games 2d, assim como também não acontece em New Super Mario Bros. Por falar nesse jogo, um dos atrativos dele foi justamente o retorno de um sistema de gerenciamento de itens parecido com o que tinha em Super Mario 3, com a diferença de você carregar menos items, mas com a possibilidade de utilizá-los a qualquer momento durante as fases. Achei essa funcionalidade muito boa, que aumenta ainda mais a importância dos itens, que podem ajudar em momentos complicados. E aí está outro ponto forte de NSMB e dos outros Marios 2d: os itens se adaptam as fases e não o contrário. Você não é obrigado a usar um item específico para passar de estágio, apenas em algumas situações para pegar as moedas escondidas, que por sinal não fazem parte do gameplay principal, são apenas acessórios para se comprar coisas no jogo.

Outro item que sofreu mudança no mundo tridimensional foram as moedas. No 2d elas tinham por função a coleta (a cada cem se ganha uma vida extra) e a composição dos cenários, que sem elas talvez ficassem mais vazios. Em Mario 64 elas perderam a função de composição, até por diferenças fundamentais no design gráfico de uma peça bi e tridimensional. Mas a principal mudança se deu no fato de que no 3d elas servem principalmente para prolongar a vida do jogador. Nos Marios 2d, se o personagem não estiver usando um power up, ele perde uma vida com apenas um toque dos inimigos. Já em Mario 64 e nos demais 3d, basta o jogador recolher uma moeda para recuperar o dano sofrido pelo toque inimigo e prosseguir na fase, o que torna o jogo mais fácil na maioria das vezes, já que quase é raro morrer em uma situação que não seja o não cumprimento de um objetivo. Outra mudança foi que as moedas se tornaram um objetivo em si, já que em todos os estágios tinha que acumular cem delas para ganhar uma estrela, ou mesmo capturar quantidades fixas de outros modelos, como as moedas vermelhas e as roxas de Mario Galaxy. Por sinal, essas moedas roxas eram o que havia de mais chato no jogo, a meu ver.

Hoje e amanhã

Os três marios tridimensionais são bastante parecidos entre si, mudando apenas o tema e o contexto. Os 2d também tinham estrutura similar uns aos outros, mas nunca ninguém reclamou disso, ao contrário do que ocorre com os 3d. Já li muitas críticas e reclamações de gente que dizia que Super Mario Sunshine era um “Mario 64 parte 2 com mochila d’água” ou coisa do tipo. Mas nunca vi ninguém comentar que “Super Mario World é um Mario 3 parte 2 com o Yoshi”. Como Malstrom apontou corretamente, Galaxy se esforçou em trazer um pouco da filosofia 2d com situações de câmera lateral, algumas fases com tema remixado de Mario 3, e trechos que lembravam aquelas fases subterrâneas do Super Mario Bros.

64, Sunshine e Galaxy compartilham da mesma estrutura e dos mesmos paradigmas, que se resumem a captura e coleta de estrelas via cumprimento de objetivos específicos em estágios temáticos. Voltando a pergunta do título do texto: os games Mario precisam de um novo paradigma? Considerando que Nes, Snes e GameBoy tiveram mais de um Mario (da série principal, esqueçam os spin offs), vocês preferiam um Mario 3d completamente novo ou um Galaxy 2, no que se refere ao gameplay e estrutura de jogo? Um Mario completamente diferente recuperaria o poder e o apelo de outrora?

Ser 2d pura e simplesmente não parece ser o caso, já que se fosse esse o problema, Wario Shake It venderia bem mais e seria mais popular do que é. Não acho que seja essencial que um novo Mario “de mesa” seja em 2.5d como o NSMB, mas acredito que seja necessária uma revisão na estrutura básica da seqüência que um dia virá. Capturar estrelas não é tão divertido quanto passar de fase, ao menos para a maioria das pessoas por aí. O grande charme dos jogos Mario sempre foi seu design democrático, que permite a diversão de todo tipo de pessoa com qualquer nível de habilidade. Os Marios 3d parecem ter se “rardecorizado”, sendo cada vez mais voltados apenas para os nintendistas fãs do mascote. Sunshine e Galaxy precisam de tutorial para serem dominados, coisa que as versões 2d nunca precisaram. Super Mario Bros é um dos maiores clássicos da história dos videogames, e minha avó que não sabia nem o quem era essa tal de Nintendo, se divertia a beça e conseguia até mesmo passar de algumas fases. Ela era bisonha de início, mas a cada buraco pulado, a cada inimigo que ela conseguia passar, era um novo aprendizado, isso gerava uma satisfação enorme. E diante disso, algum rardecóre da geração playstation tem coragem de chamar SMB de casual?

Depois de tudo isso, deixo essa questão com vocês. E aí o que acham? Concordam, discordam ou muito pelo contrário?

André V.C Franco/AvcF – Loading Time.

79 thoughts on “Os games Mario precisam de um novo paradigma?

  1. Bom, eu particularmente parei no Mario 64 que inclusive pra mim foi a mais bem sucedida passagem do 2D para o 3D, o jogo me agradou muito em todos os sentidos. Porém quando você citou aquele lance antigo de falar “To no mundo tal” a ficha caiu. Por exemplo, em Mario 64 21 estrelas podiam significar tanto 21 quanto 3 fases (ou algo assim, não lembro se eram sete por fase, mas a lógica é essa), quer dizer, realmente não é a mesma coisa. No entanto, a liberdade que o ambiente 3D deu a Mario é um ponto forte. Creio que uma reorganização da mecânica do jogo e não necessariamente de sua jogabilidade resolvam o impasse.

  2. Acho que eram sete estrelas por fase mesmo. Alguns objetivos variavam, mas em todas sempre tinha aquela chatisse que pegar oito moedas vermelhas e pegar cem moedas na fase. Você fala em liberdade, mas que raio de liberdade é essa que é restrita a um único objetivo em uma fase? Por que eu não posso voar na fase que eu quiser? Por que eu não posso voar na Cool, Cool Mountain ou na Snowman’s Land? A resposta está no fato de que essas fases não foram desenhadas para usar o chapéu voador. Tem fases de New Super Mario Bros que não há qualquer vantagem em usar o cogumelo gigante, mas mesmo assim você pode, se quiser. É como eu disse no texto, nos Marios 2d, os itens de adaptam a fase e não o contrário.

    Outra coisa é que os power ups em Mario 64 tem tempo de uso cronometrado, o que ao meu ver limita ainda mais a liberdade. Agora imagina isso em um Mario antigo. Já pensou você lá feliz e fagueiro com a capinha em SMW, aí ela começa a piscar, some e você cai? Ou se o cogumelo tivesse tempo de funcionamento e você tivesse que ficar pegando toda hora para não acabar o efeito? (a frase ficou com duplo sentido…)

    Não quis dizer que os Marios 3d são piores, os acho fantásticos inclusive, mas é fato que eles não encantam como os bidimensionais. Aí fica a pergunta do título do texto…

  3. avcf, vamos começar pelo começo. Tem um comentario do Malstrom que diz o seguinte ““Mario é A maior franquia dos videogames. O que Mario foi durante a geração 8-bit não pode ser comparado com nada hoje” Deve-se ter MUITO cuidado ao mexer na maior franquia de games, para nao acabar como um sonic da vida. Minha opiniao sobre os jogos do mario, é que realmente precisa de mudanças. Oque? não sei! nao sou pago pra isso. Mas eu como gamer gostei de jogar todos os jogos que tive acesso que são eles o smw, sm64, sms e smg (é, apesar de jogar vg há 19 anos, nunca joguei o smb e smb3, um dia jogarei). super mario world foi o que mais atraiu, devido a dificuldade do jogo, fases bem elaboradas e com desafios constantes. Os jogos 3d, também tem todos esses atributos, mas reduzidos. O esquema de sair da fase a cada estrela coletada, salvar e entrar de novo, atrapalha bastante o fluxo do jogo. Porque não fazer um mario 3d, em que vc tenha que pegar as 7 estrelas por fase MAS SEM SAIR DELAS? que diabos precisa isso? ou ainda, uma fase em q tenha q coletar um numero x de estrelas direto, sem morrer? ou com um checkpoint no meio da fase, apos coletar 3 estrelas e depois coletar mais 3, com uma barrinha parecida com as barras de salto com vara muito conhecida no smw. Enfim, acredito q existam elementos que podem ser resgatados das franquias antigas, sem perder o brilho e inovações graficas que a franquia vem sofrendo. E cá pra nós, ver um super mario world 2 feito nos moldes do antigo, a la mega man 9, também seria MUITO recompensador para a nintendo e seus seguidores. Enfim, mario é mario, e certamente essa franquia deve ser tratada com muito carinho para nao ter o mesmo destino citado acima

  4. desculpa repetir, mas fui olhar de novo esse jogo agora, num emulador… detalhe para o inicio da historia, onde os yoshis estão olhando para um bebe que caiu do céu.. heuaheuhae
    realmente nao havia percebido, até hoje, q yoshi island era um super mario 2… santa desatenção, batman!

  5. Acho até que dos bidimensionais ele deve ser o menos popular, menos até que o Super Mario 2/Super Mario USA do NES. Até porque você não joga com o Mario e sim com o Yoshi (aquele berreiro do bebê Mario me assombra até hoje).

    Agora você não tem que jogar Super Mario 3, você DEVE jogar. Acesse aqui: “www.virtualnes.com” (sem as aspas, claro), é um emulador de NES feito em Java, você jogar pelo próprio browser e não precisa instalar nada.

  6. Dá pra resumir tudo em uma única frase: qualquer Mario 2D é mil vezes melhor que 3D…
    Aliás qualquer jogo de plataforma 3D é um fiasco completo…pode ver que o gênero plataforma praticamente morreu….

    Nunca que em 3D vão conseguir a “magia” e aquela sensação de estar num mundo de fantasia que um gráfico bitmapped como dos Mario 2D pode nos proporcionar….até porque o 3D busca mais o realismo do que o contrário….

    Pra mim 3D é bom pra futebol, corrida, simulador e FPS e não pra ação, luta e plataforma….

    E para completar ter que ficar cumprindo missão 7 vezes na mesma fase é mais chato do que dor de dente……

    Ao amigo que disse que ainda não experimentou Mario 3 uma dica: jogue e você estará simplesmente curtindo o melhor jogo do Mario de todos os tempos….XD

  7. @avcf

    Talvez eu não tenha explicado direito. Concordo com tudo o que você disse sim. Quando eu falei de liberdade não foi das possibilidades que o ambiente 3D trouxe, mas que propositalmente foram limitados pela mecânica feita para o jogo. Quando você reclama do tempo que as power-up’s tem e que não é possível usá-las em todas as fases e eu digo que a jogabilidade deveria ser a mesma com uma mecânica diferente, estamos falando da mesma coisa de forma diferente (estou usando termos meio pessoais, talvez fique difícil entender mesmo).

    Falar que um jogo 3D nunca vai superar um 2D creio que seja um saudosismo ou algo do tipo, mas concordo que ainda não conseguiram repetir a “magia” que jogos como Mario 3 trouxeram. Mas existe uma série de fatores para isso, que variam da situação do mercado, idade dos jogadores (não pelo fato da idade em si, e sim pela diversidade de jogos já vistos), etc. Mas não creio que seja algo impossível, só é mais difícil.

  8. O Malstrom parece gostar de dar tapa na cara dso outros gratuitamente. nunca gostei muito dele. Tá começando a parecer o Peter Molyneux.

  9. Eu só joguei o SM64, que gosto muito mesmo, e é um dos motivos de eu manter meu N64 até hj. Os outros ainda não joguei pois decidi pela facilidade da Sony e não sou ultra fã do Wii pra pagar o que ele esta custando, quem sabe daqui a uns anos, portanto, não posso opinar precisamente, mas acredito que são jogos bons. Mas como tudo, com o tempo se esgota e cria uma overdose. Acho que o que se precisa fazer é inovar assim como foi feito do SMW para SM64, isto é um processo normal para qualquer game. Se mario continuasse em 2D no N64 não teria sido o estouro que foi, a formula já estava cansando. O NSMB fez sucesso por estar em um sistema portátil, se fosse uma game de Wii não seria tão empolgante.

  10. Parece que esse é o estilo de jornalismo dele, ele gosta de começar a criticar convenções existentes… Os players Hardcores, o mercado fechado de videogames… O primeiro texto dele que eu li era bem criticando a indústria. mas pra mim, esse do mario foi a mais injustificável. Não era o assunto do post. Parece que ele divagou a esse ponto pra chamar atenção.
    O próprio FAQ do blog dele é, na minha opinião, egocêntrico. Ele diz no parágrafo de introdução estar buscando desvendar a tal estratégia empresarial da Nintendo…Mas o Oceano Azul é uma estratégia empresarial antiga, e mesmo assim ele mantém uma seção inteira no blog dele para falar sobre. Tipo, como se ele tivesse descoberto. Eu juro, só vi umn indicativo lá do livro no qual ele se baseou. foi uma MENÇÃO no meio de um artigo imenso.
    Ainda insatisfeito com isso, ele coloca no principal artigo dele sobre o assunto(Os homens-pássaros e a falácia casual) Um bando de previsões semi apocalípticas sobre como o mercado e jogadores que ele acha(com razão) idiotas vão deixar de existir. Começa alguns textos com páragrafos introdutórios só dizendo “Eu acertei” do jeito mais épico possível ou imaginável. Eu achei isso desnecessário da forma como ele pos…
    Bom, se tem uma coisa que eu gosto no blog dele, é o tom com que ele usa os termos “hardcore” e “casual”. Deboche puro, dessa convenção imbecil. ele sabe uqe o mercado é mais do que dosi tipos de consumidores, e quem não enxerga isso deveria ganhar uma bengala e um cão-guia.
    E DEUSDUCEU, onde está esse artigo que você traduziu parcialmente na integra(esse aí do zelda Wii)? Não acho ele em lugar nenhum no blog dele.
    Se você quiser desconsiderar tudo que eu falei, seria válido, visto que eu simplesmente odeio esse homem. Porque? Ódio já é um sentimento muito sem sentido… Mas no meu caso é simplesmente porque eu não fui com a cara dele. E não tente ficar apontando motivos pra isso.

  11. hun…os marios antigos saum realmente mto 10, mas naum vou entrar nesse assunto ateh jogar o galaxy…mas falando simplesmente em conversão de grandes franquias do 2d para o 3d, eu nunca gostei dos sonic, mas amei sonic adventure 1 e 2 (tmb naum joguei os mais novos), e todos fãs do sonics q eu vi disseram q o jogo realmente conseguiu ser um otimo sucessor para a franquia…oq vcs fãs do sonic acham? sonic adventure conseguiu trazer o espirito dos sonics 2d para o 3d? se sim, entaum pq o mario naum pode conseguir isso tmb…
    e mesmo nam tendo jogado os marios 3d, pela materia deu para ver o estilo dele, e com certeza jogar varias vezes a msm fase deve ser um saco, e ter um powerup q soh pode ser usado em certas fases, pior ainda! deixa usar a peninha (SMW) ou o gatão (SM3) onde quiser pô, adoro sair voando pelas fases (inclusive o ponto baixo do NSMW foi justamente naum ter powerup para sair voando, perdeu mto em relação ao super mario world!)

  12. Sllayer,

    Malstrom não é jornalista, é analista, e ele citou em alguns textos ter colegas em Harvard e entre suas fontes há link para a Harvard Business School. Ele não faz exatamente jornalismo, tá mais para análise e pesquisa, misturados a artigos de opinião.

    O artigo que eu traduzi trecho está aqui:

    http://seanmalstrom.wordpress.com/2009/01/27/email-emailer-unhappy-with-zelda-patent-response/

    Ele não fez bem previsões semi-apocalípticas, mas sim tirou um grande sarro dos rardecóres. Não vejo problema em começar algo com “eu acertei” até porque ele já fez um admitindo que errou quando previu que seria MacCain o vencedor da eleição americana.

  13. Peraí, Allan. Mario…GATÃO??? Quê? Tá certo que tenho uma EGM aqui que a mulher samambaia disse em entrevista que achava a pancinha do Mario sexy, mas gato é nova para mim. Você deve ter confundido, aquela roupa com rabinho (úi)é de guaxinim.

    Há braços.

  14. O paradigma da interface, galaxy é uma obra de arte limitada,talvez ao design de fases e objtivos mas não deixa de ser um aobra prima digna da qualidade nintendo. criticar é muito fácil então esse cara que faça algo melhor já que é tão sábio.

  15. AVCF disse:
    “Tá certo que tenho uma EGM aqui que a mulher samambaia disse em entrevista que achava a pancinha do Mario sexy, ”
    eu tb tenho hsiaHSAHs

  16. ahuahuahuahauhauauh, eu nem sabia q era guaxinim, para mim parecia um gato, mas como ele eh “grandinho”, ou como alguns diriam “fortinho”, eu chamava de gatão…ahuahuahuahauh…e ARPN, oq isso quer dizer???
    “Sonic>Abismo>Mario” ???

  17. quer dizer que tem um abismo muito grande entre sonic e mario, e pelo sinal > ele disse que o sonic é melhor que mário Oo’

    O mario que EU mais gosto é o SMW. O primeiro que joguei foi o 3, mas eu acho ele incrívelmente difícil, e sou péssimo com coordenação motora….. o world tem uma dificuldade razoável, e depois de morrer trocentas vezes naquele mundo parelelo, vc aprende como passar os mapas com o yoshi azul (nem sei como passar um mapa lá sem ele! Oo’)
    Tirando os de wii e cube, já joguei todos (spin offs tb). Tenho ele no 64 mas só consegui 118 estrelas mesmo no emulador…. nele acho que tenho umas 90 e poucas….. como disse sou péssimo em coordenação, junta ao controle que não gosto do 64 e a fase do tapete….. ferrou tudo! hahahahaha

  18. Como personagem,acho o Sonic muito mais interessante que o Mario.Mas isso não quer dizer que eu não gosto do Mario.Já passei horas prazerosas da minha vida jogando Mario world,bros série e a ótima série mario kart.

    Sobre o post,um problema dos jogos de plataforma/exploração 3d é a câmera.Explorar cenários 3d com uma câmera desequilibrada é uma experiência frustrante.A nintendo conseguiu achar uma boa alternativa com a câmera de mario galaxy,mas não vejo isso se tornando padrão para os jogos de plataformas em 3d,jogos esses cada vez mais escassos nessa atual geração.

  19. acho o mario um personagem um pouco mais infantil q o sonic, um encanador querendo salvar uma princesa em perigo de “oq quer q seja o bowser”, enquanto o sonic eh um porco espinho (mais perigoso q um encanador¬¬) q luta para proteger a cidade de um super vilão robo…embora ambos sejam para um publico infantil, naum tem com negar q sonic eh um personagem um poco mais adulto…mas ambos saum personagens mto carismaticos, provavelmente os 2 simbolos mais conhecidos do mundo, e as duas marcas mais exploradas tmb…e ambos os jogos saum bons, ai vai da preferencia de gameplay de cada um, algo mais corrido ou mais parado…mas naum vi ninguem responder a pergunta, sonic adventure foi uma otima conversão do 2d para o 3d, adorado pelos fãs de sonic e jogavel para qualquer um…inclusive esse problema de linearidade de fases q vcs discutiram, o sonic adventure 1 tinha…vc ficava solto no mundo, uma cidade, e tinha q ficar procurando onde era a proxima fase…jah o sonic 2 resolveu o problema, sendo baseado soh em fases…isso mostra q a sega ouviu os jogadores, viu q isso de ficar procurando fase naum eh legal (enche o saco!), e resolveu mudar…na nintendo faltou um poco disso pelo visto, fases com um começo e um ponto final onde vc tem q chegar (q foi o objetivo de sempre dos marios 2d), e uma sequencia facil de fases…

  20. @Sobre Sonic

    Sonic Adventure (1 e 2) foram bons jogos, mas em termos de conversão não foram lá muito bons. O dois ainda se saiu um pouco melhor, mas ainda sim repetia muitos erros do primeiro. O jogo é ótimo nas primeiras fases de Sonic e/ou Shadow e depois se perde. E pra mim Sonic não tem nada de mais adulto, na verdade a tentativa de fazer Sonic parecer menos infantil é ridícula, o que torna infantil do mesmo jeito.

    Perfeito ou não, em termos de conversão sou muito mais Mario do que Sonic.

  21. Mario não é o único que perdeu alguns dos elementos que o tornavam único.
    Entre outros, Donkey Kong (DK country 2 e 3 são meus jogos favoritos até hoje), perdeu o brilho em donkey kong 64 (game que me fez comprar o console e contar os dias para o lançamento na época) não me deu 30 minutos de diversão.
    Porque?
    Porque eu preferia enfrentar um chefe a cada mundo e ter algumas fases com design desafiador mas não necessariamente muito difícil, e ter meu avanço sempre salvo, do que ficar vagando perdido em um mundo 3D (completamente vazio depois que venci os inimigos) até encontrar determinado item, pra voltar tudo de novo e ir até o começo da fase usar o item pra habilitar… mais partes do mundo 3D em que eu me perdia!
    Isso me fazia desistir e muitas vezes, perder o avanço que havia conseguido no jogo.

    Explorar fases e coletar itens é divertido, a menos que isso possa impedir meu avanço no jogo!

    O conceito de avanço linear e a dificuldade progressiva das fases eram algo que tornava a curva de aprendizado do jogo bastante prazerosa, e de quebra trazia diversidade para os cenarios e personagens, mas com os games 3D isso se perdeu.
    O pior é que não encontro mais isso mesmo nos games 2D como DK jungle climber (que nem devia receber o nome Donkey Kong), que eu detestei.

    Não é o fato de ser 3D, mas a forma como isso foi feito.
    PS: Yoshi’s Island é maravilhoso! Mesmo o choro irritate do mario não me impediu de gastar intermináveis horas com o jogo.

  22. discordo tchulanguero. É visivel que o sonic foi projetado com o marketing para um publico menos infantil q o mario…eh como se o mario fosse para um publico entre 6 e 10 anos, e sonic entre 10 e 14, publicos bem diferentes na minha opinião…alem do q eu jah citei das caracteristicas do ouriço * (corrigido XD), eh obvio q o game design de super mario world agrada crianças de 6 anos facilmente, enquanto nenhuma criança de 6 anos consegue jogar qualquer sonic jah feito, pois o jogo eh MTO corrido e confuso para os mais novinhos…alem de q mario tem um apelo infantil fortissimo, com desenhos mais “bonitinhos’ e infantis, com personagens bebes (yoshi bebe, mario bebe, isso vc ve sempre nos jogo do mario….mas jah viu sonic bebe???), tudo com um ar simples de infancia, e sonic jah naum eh assim…ainda tem outros pontos q mostra isso, mas acho q jah deu para entender bem meu argumento…
    e concordo com o roger, nada mais chato q ficar andando em mundos 3d gigantes procurando oq tem q ser feito, voltando em pontos jah visitados…deixa soh proseguir pô, mto mais facil , simples, e atrativo para o jogador, alem de naum fazer a gente perder tempo voltando e ficando perdido! Por isso q nenhum jogo superou o super mario wolrd, o jogo simplesmente mais conhecido e jogado de todos os tempos…

  23. @Allan

    A próprio povo da Sega (não lembro o nome dos bois) já admitiu que Sonic é um jogo que perde a graça quando o público está indo para a adolescência (por volta dos 12). O que noto é que a Sega desde o DC tenta elevar esta idade, porém a forma como é feita deixa tudo forçado, bobo e pra mim, mais infantil (mas não no bom sentido).

    Me lembro com uns sete anos de idade jogando Sonic na casa do meu primo (praticamente mesma idade) cheio de moleques de idade similar com a mesma empolgação de 11 anos mais tarde eu jogando Super Mario World. Esse negócio de que Sonic é corrido demais pra uma criança de seis anos de idade é balela. Tenho amigos com filhos nessa idade que te deixariam de boca aberta então.

    Sonic tem um visual pra mim tão infantil quanto Mario. Isso não é demérito nem problema, os dois jogos são ótimos, cada um a seu modo. E não vai ser o fato de Mario ter um jogo como bebê e Sonic ter outro em que usa uma espada que vai tornar um infantil e o outro não.

    Opnião final.

  24. cara, vou consultar uma especialista na criação de produtos e marketing e darei uma resposta sobre a faixa etaria de mario e sonic mais definitiva, para ver quem tah mais certo (esse pessoal estuda realmente como um produto eh criado, para quais faixas etarias, e para qual classe social…todo produto tem eh criado levando isso em conta, eu mesmo estudei isso não a fundo) …
    e sobre sonic naum ser corrido, fala serio, nunca gostei dos sonics 2d pq vc nem sabe oq tah acontecendo, praticamente soh fica apertando para frente o tempo todo e vendo a tela passar rapidamente…se um inimigo aparece vc bate nele antes mesmo de tomar conhecimento, e naum vejo uma criança conseguindo jogar isso…enquanto isso mario eh mais simples, uma movimentação lenta q qualquer criança pode acompanhar…talvez nem todos concordem, mas eh assim q eu vejo os dois jogos…

  25. A primeira vez que vi Sonic na vida foi quando ele lançou, isso em 91. Tinha sete anos de idade, não só joguei como gostei (mas ainda preferia Mario).

    Tô correndo com o post de hoje, duro fazer três coisas ao mesmo tempo (fazer a janta, escrever o post e assitir o Wrestlemania). Logo mais eu posto.

  26. Os jogos do Sonic do mega pra mim nunca perderam a graça.Eles tem a mesma magia quando os conheci na minha infância,e tenho certeza que não o único a pensar assim.Não sei da onde é esse “povo da sega” que pensa o contrario.

    Eu acho que pelo estilo do jogo na época dos 16 bits,Sonic tenha atraido um público um pouco mais velho,mas acho que o normal mesmo é que mascotes no estilo Sonic e Mario agradem todas as idades.

  27. Sonic 2 pra mim é o melhor… ainda tenho ele e vira e mexe eu to ligando o mega drive pra jogar 🙂

    e eu comecei a jogar ele com 7 anos, mário tb…… apesar de achar sonic mais fácil que mário (sim, eu acho, não me pergunte pq) Sonic 2 eu sabia de cor. dá pra chegar até a última fase sem perder nenhuma vida (exceto no final do 2 mundo, fase do chefe, bem antes de chegar nele) 😀

  28. Os jogos do Mario,sempre foram os atrativos desde a era do Nintendinho.Apesar de que, o primeiro video game que tive foi SNES.Entretanto.nessa época os jogos de ”Mario” faziam e fazem ainda hoje muito sucesso,isso se diz pela tradição dos jogos de Mario, se você perguntar para quem quer que seja a seguinte pergunta. Você já jogou SUPER MARIO?
    Poucas pessoas ou raras irão dizer que não jogaram.
    Eu particularmente digo uma coisa! Que todos os GameManíacos devem a Shigeru Myamoto seu conhecimento em games.
    Apesar das críticas de muito analístas em Games, por um simples detale de cabelo de computação,que os antigos computadores não conseguiam realizar, no entanto Mario recebeu boné no lugar do desfalque detale do cabelo,nascia o ”JUMPMAN”, como inimigo DONKEY KONG.
    Encerrando a minha opinião MARIO nunca vai deixar de ser um jogo que intriga as pessoas,porque possui ferramentas atrativas à cada capítulo.

  29. O engraçado desse texto enorme e chato, é q.. se Mario continuasse como era na época 2D esse texto seria.. “Pq não mudar o estilo do Mario? Pq não colocar tarefas pra fazer??”
    E discordo totalmente de td q eu li!
    Eu duvido q não tem um q falou “PQP olha esse Mario!!!” qdo viu pela primeira vez Mario 64… Saudosismo é bom, mas as vezes fede…

  30. Danilo,

    Não existe saudosismo algum nesse texto, pelo simples fato de que fiz nenhum juízo de valor entre os jogos. Simplesmente o que fiz foi partir da premissa de que os Marios 2d venderam mais e são mais populares, e apartir daí desenvolvi a linha de raciocínio presente no texto. Encontre no texto onde eu disse que Mario 64 é pior que Super Mario World ou que Sunshine é inferior a Super Mario Bros 3. Boa sorte se quiser tentar, mas você não achará tais citações.

    Se você discorda do que leu, faça como ou outros leitores e exponha seus argumentos para todo mundo debater. Não gostar do texto é direito legítimo seu, mas se acha que tem algo errado nele por que não diz o que é e prova seu ponto de vista?

  31. Acho que a discussão entre Marios 2D/3D tá um pouco simplista, considerando fatores de design muito superficiais.Ao jogar Mario Galaxy, achei que as fases eram estruturadas de uma forma bem linear (você pode escolher a ordem das fases, mas uma vez na fase á procura da estrela, você deve percorrer um caminho bem marcado e definido até ela- e, quando na fase, a estrela é o único objetivo) o que é positivo, pois o-procurar-o-que-fazer-no-mapa era um cacoete de design muito mais próprio dos imitadores de Mario 64 do que dele mesmo.A força de Galaxy está no seu design de jogo variado e criativo, que apresenta um novo elemento de jogo diferente praticamente a cada fase, que por um acaso, também é uma qualidade de Super Mario World (o melhor 2D da série, na minha opinião).Outra coisa importante é que os jogo em 3D do Mario não pegaram as características literais dos jogos 2D, mas sim aspectos mais sutis, como a jogabilidade fácil de aprender, mas difícil de dominar (jogadores experientes sabem dominar as “deslizadas” que o Mario dá quando cai).Caso contrário, tivesse aderido a linearidade, os jogos do Mario teriam virado 2,5D , estilo Crash, que provavelmente não é o melhor jeito de explorar as possibilidades de design do ambiente em três dimensões.Na minha opinião, cada Mario (os principais, ignorem os spin-offs) tem estabelecido um novo paradigma; no caso de Mario Sunshine, aquela traquitana que o Mario usa nas costas é tão diferente dos elementos normais do universo estabelecido nos outros jogos que muitos jogadores reclamaram; Mario Galaxy, por sua vez, ao invés de simplesmente simular a gravidade do mundo real, como todos os outros, (o que é essencial aos jogos de plataforma, visto que essa simulação dita onde seu pulo vai cair, o quanto você vai voar, etc…) resolve brincar com esse conceito, trazendo idéias muito diferentes e inesperadas.

    E, pra completar, se encontra Mario Galaxy nas lojas e não se encontra WiiFit e WiiPlay por causa da atitude de marketing besta da nintendo, que tende a valorizar mais esse títulos “casuais”, livres de elementos que caracterizem eles como jogos mesmo , como personagens coloridos e afinidade com a fiçcão escapista(WiiFit é vendido como se fosse exercício de verdade, e WiiPlay é brincadeira para o chá das senhoras, naqueles infernais comerciais de pessoas sorrindo o tempo todo).Isso é quase contrapropaganda da Nintendo, já que ela prejudica a percepção do estilo de jogo que ela faz melhor, como também ajuda a reforçar a imagem negativa dos jogos tradicionais.

    Ah, e os Sonic 2D são sensacionais, mas os em 3D (especialmente os mais recentes) são tranqueiras que a Sega faz mecanicamente e sem criatividade alguma para arrancar trocados dos jogadores saudosistas/esperançosos.E esse negócio de ele ter imagem menos infantil que o Mario não tem nada a ver, porque isso não afeta de forma alguma a qualidade final do jogo, e parte do princípio que criança vai comprar qualuqer coisa pela capa.O que provavelmente não tá errado, porque os jogos do Ben 10 tem vendido bem mais que os do Mario e o Sonic…

  32. Respondendo à pergunta-tema da reportagem, NÃO! Mario não precisa de um novo paradigma. Juro que não entendi o objetivo desta matéria – afinal, quem esperava que “Super Mario Galaxy” levaria Mario ao estrelato e à título de Game do Ano em uma época em que os jogadores preferem jogos hardcore a histórias infantis? Mario é a prova constante de renovação, de aventura, de nostalgia… Está bom do jeito que está. Ou vocês preferem TANTA REINVENÇÃO igual à que está ocorrendo com Sonic e seus novos fracassos?

  33. Leo,

    Discordo do trecho final do seu post, vide que Mario & Sonic at the Olympics vendeu mais que a os jogos da programação inteira do Cartoon Network.

    Por outro lado, concordo com teu raciocínio quanto ao 2.5D, tanto que escrevi no texto:

    “Não acho que seja essencial que um novo Mario “de mesa” seja em 2.5d como o NSMB, mas acredito que seja necessária uma revisão na estrutura básica da seqüência que um dia virá.”

    Galaxy é um grande game em todos os sentidos, incluindo aí o design. Porém, creio que ainda sim seja um pouco limitado pelo paradigma de “escolha a estrela, realize o objetivo, saia da fase, volte, e pegue a próxima estrela” A questão não é se isso é a melhor ou pior solução, mas ao que parece não é tão agradável ao esquema que temos por exemplo, em New Super Mario Bros; que por sinal vendeu muito mais e é mais popular que Galaxy.

    Isso que você disse sobre o marketing de Wii Fit é uma prova de que faltou alguma coisa a Galaxy. Se lembrarmos bem, Mario nunca precisou de marketing, pois ele sempre foi o marketing (mais ou menos como o Malstrom disse). Antes as pessoas queriam comprar um console para jogar o Mario, hoje elas compram o console e olham para a prateleira e ficam em dúvida entre o Mario e Wii Fit.

    Isso não é natural ou não deveria ser. Sinal de que talvez o próximo game Super Mario precise de um tempero, um extra, para recuperar aquele poder atrativo de outrora. E esse “algo a mais” vem do design, ou seja, do projeto.

    Com relação ao Sonic, essa babaquice de querer fazê-lo justamente ser Nescau Radical 2.0 é que o transformou na tranqueira que vem sendo dos últimos anos para cá. Sonic sempre foi um ouriço com sapatos de corredor, não há nada mais cartoon que isso e esse era o carisma dele. Quando começaram a mexer no design dele e seus jogos passaram a ser do super herói cool e amigo da garotada, a coisa começou a ir para o brejo. Some isso ao lançamento de dois ou três Sonics por ano e não há equipe ou planejamento que dê conta da qualidade.

  34. nossa, eu concordo plenamente em todos os sentidos com o texto.
    eu joguei super mario do SNES umas 15 vezes completo… e sempre me diverti animal. Aquela sensaçao de ser o cara mais equipado do mundo montando um yoshi azul com duas peninhas era muito master. Esse jogo dava sensaçao de aventura mesmo, depois quando fui jogar o mario 64 a impressao que dava era de que o mario era tipo uma faxineira que chega no castelo e tem um monte de tarefa pra fazer e escolhe o que quer fazer primeiro em vez de salvar um amiga que corre perigo…. sei la … meio tosco.
    Os jogos de aventura 2d sempre foram muito mais interessantes que os jogos em 3D, na geraçao 3D os jogos precisam ser muito bom pra chamar a atençao. E aposto que todo mundo que joga video game desde Mega e snes ja foi a fundo de muito mais jogos de aventura em 2d do que qualquer outro em 3d
    um exemplo disso é golden axe, no 2d era animal, joguei o 3d e ele alem de nao me chamar a atençao nenhuma pra o que eu imaginava sendo golden axe, nao tinha nada de extraordinario e chamativo que qualquer outro jogo de aventura 3d de hoje em dia tem.

    bom é isso.

    3d por 3d é uma bosta… ta na hora de retomar a essencia do 2d abrass

  35. O problema não está nos jogos atuais de Mario e sim nos jogadores. A época era outra, o pensamento era outro. Tenho absoluta certeza de que se a Nintendo fizesse um Super Mario World 3, nos mesmos moldes do original, não venderia mais que Wiifit. Os jogos de Mario, especialmente os de aventura, não tem mais o mesmo apelo ao grande público, assim como outros mascotes de grandes produtoras.

    A culpa não é do formato, acredito que existam vários fatores que justificam o fato das vendas atuais não se equipararem às vendas dos jogos antigos, por exemplo:1) talvez boa parte (senão a maioria) das pessoas que fizeram os jogos antigos de Mario venderem feito água não joguem mais videogame. 2) a grande oferta de jogos no mercado acaba reduzindo a atenção dos jogadores à um jogo em específico, o que acaba por diminuir a fatia do bolo. 3) para crianças, Mario não é mais atrativo do que qualquer outro personagem de desenho animado, portanto, o apelo infantil acredito não existir mais. 4) Os chamados jogadores “hardcore” de hoje não são os mesmos de antigamente, ou seja, quem era realmente fanático por videogame nas décadas de 1980 e 1990 hoje em dia tem a mente mais aberta à novas experiências interativas, como as propostas pelos jogos ditos “casuais” do Wii.5) ainda falando dos atuais jogadores “hardcore”, sem querer generalizar ou parecer ofensivo, estes são em sua maioria adolescentes que, ou de fato não querem conhecer as antigas franquias ou temem repressão de amigos pelo fato de jogar games, como eles mesmo dizem, “de criança”. Isso é um fato, digo por experiência própria, já fui repreendido n vezes por gostar de jogos “infantis”.

    Talvez a Nintendo devesse agradar aos seus mais fervorosos fãs lançando um novo Super Mario em 2d para o WiiWare, acho que seria uma boa opção. Desculpe se me estendi demais. Boa noite!

  36. Citação:

    “O engraçado desse texto enorme e chato, é q.. se Mario continuasse como era na época 2D esse texto seria.. “Pq não mudar o estilo do Mario? Pq não colocar tarefas pra fazer??”
    E discordo totalmente de td q eu li!
    Eu duvido q não tem um q falou “PQP olha esse Mario!!!” qdo viu pela primeira vez Mario 64… Saudosismo é bom, mas as vezes fede… ”

    Concordo em no. e genero. Alguém se lembra do lançamento de Wind Waker? “Não, porque o visual tá infatil.. Credo, desenhinho animado…” então pergunto: alguém jogou até o fim sem travar uma única vez? e quando eu digo travar é travar mesmo. desligar o game, dar uma arejada e depois tentar de novo? (sem detonados, por favor. isso nunca valeu)
    é um jogo excepcional assim com Ocarina of Time ou os novos Metroids (3D)
    tenho um SNES, um N64, um GameCube e um DS. Com isso digo o seguinte: aprecio o q cada console oferece. Acho que todos os Marios são válidos.
    O que acontece é que com esse negócio de querer CAPTURAR (desculpem não resisti!!!) todo tipo de jogador,
    TODAS EMPRESAS se esqueceram de exigir um minino de qualidade nos games.

  37. O problema atual que Mario sofre é uma coisa que outras séries sofrem como Castlevania por exemplo. Aquilo de avançar a fase, superando obstáculos, foi trocado por imensos mundos em 3d que temos que ficar explorando e explorando para achar alguma pista do que fazer e isso acaba deixando maçante. Mário está perfeito do jeito que está mas não é só converter para gráficos exorbitantes e realistas em 3d. A diversão está na sua linearidade e simplicidade.

  38. Se lembrarm de antes? Quem jogava games era tachado de babaca, nerd, vagaba? Hoje qualquer zé mané tem um play 3 ou um 360 e diz que é o cara… bah, bando de babacas. Nenhum deles sabe o que é ter que por o cartucho meio de lado no console depois de uma bela assoprada e ficar esperando o “plin” ou aquela introdução fantástica e inesquecível da Capcom, antes de um bom Street Fighter ou Megaman. Também desconhecem o famoso: “It me, Mario!”
    Infelizmente daqui pra frente os games não terão a mesma magia de outrora.
    Reservo-me o direito de dizer que não concordei com o post por ser fã da Nintendo. Mas acho que minha coleção parou no Cube. Não tenho o NES por motivos financeiros e qualitativos. Não pagar caro em algo que talvez dure apenas alguns meses funcionando. Pelo menos é o que parece quando se vai atrás de um NES (fisicamente falando)

    AH!!!!

    NES, Atari, SNES, Mega Drive, N64, Dream Cast. Nenhum deles alta definição, entradas USB, HD’s, Internet outros. Muito pelo contrário: plugue o RCA ou rosqueie a caixinha de RF ( ! ) na TV, ligue o console e divirta-se.
    Para filmes existe o DVD.
    Para a música os Aparelhos de Som.
    Para a Internet o PC.

    E pra quem mora sozinho o PC faz o DVD, o Aparelho de Som e o PC (!). Só!!!! Jogos de consoles nos consoles!!!!
    Tá bom vale um emulador!!!

    E vamos economizar que a natureza agradece!!!!!
    Abraço a todos

  39. puxa… adorei a matéria. Deu uma saudade de quando eu, meu irmao, meu primo e a mae dele jogavamos mario 3 ate 3 hrs da manha. Nunca fiz isso com nenhum outro jogo.
    Mas tb neh…. Mario eh Mario

  40. bom, eu sinceramente gosto do mario64, mas concordo que nem de perto, chega aos pes dos marios 2d. Na minha opinião, os jogos realmente divertidos estão no snes, ja tive psx, saturno, neogeo, dreamcast, n64, ps2 e wii, (alem de jogar x360 do meu primo direto), mas nada como meu bom e velho snes com o fabuloso mario word. além de um jogo que saiu pra tudo o que é console (portatil, de mesa, celular, pc) que é o bomberman e nenhum deles supera a versão de snes, com musiquinhas em midi e graficos em 2d…

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