Deu no Estadão: Profissões em alta no mundo dos jogos

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Segue abaixo reportagem do Estadão sobre o mercado de games brasileiro, as profissões e a BGS:

Profissões em alta no mundo dos jogos
14 de outubro de 2012 | 8h20
Redação

Leandro Costa

Com faturamento na faixa dos US$ 840 milhões (aproximadamente R$ 1,7 bilhão) e crescimento médio anual em torno dos 7%, o mercado brasileiro de jogos eletrônicos desponta como um dos mais importantes do mundo.

Aquecido e com a projeção de se tornar o terceiro maior do mundo nos próximos anos (atrás apenas de Estados Unidos e Japão), o segmento tem grande oferta de vagas de designers e programadores, para trabalhar sobretudo no desenvolvimento de jogos destinados a redes sociais e plataformas móveis (smartphones e tablets). Profissionais de marketing também são altamente requisitados (leia abaixo).

“Estou recrutando designers de 2d e de 3d, além de programadores. Tenho cerca de dez posições para preencher nos próximos projetos”, diz o coordenador de criação da produtora de games Hoplon, Arthur Nunes, que veio a São Paulo tentar recrutar profissionais na Brasil Game Show, maior feira de games na América Latina, que se realiza até hoje no Expo Center Norte.

Busca. Nunes, da Hoplon, veio de Florianópolis recrutar 10 trabalhadores para novos projetos (Foto: Paulo Liebert/AE)

Ele mesmo é exemplo de como o aumento do mercado nos últimos cinco anos tem atraído até profissionais de outras áreas. Formado em publicidade, Nunes foi trabalhar com cinema e se especializou em animação. Cerca de um ano atrás, recebeu o convite para coordenar a área de criação da Hoplon, maior empresa nacional do setor.

“Existe uma perspectiva muito grande de crescimento para o Brasil na área dos jogos casuais e o mercado vai contratar cada vez mais”, diz.

Projeções da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames) dão suporte ao que diz Nunes. De acordo com a entidade, existem hoje no Brasil cerca de 200 estúdios de criação, que empregam cerca de 4 mil profissionais.

“Evoluímos muito, se considerarmos que em 2008 faturávamos apenas R$ 87 milhões. Baseado no crescimento que tivemos nos últimos anos, a tendência é de que este número de vagas dobre em pouco tempo”, estima o presidente da Abragames, Fred Vasconcelos. De acordo com ele, um profissional em início de carreira ganha em média R$ 3,5 mil. “Mas isso varia, há casos em que o salário é muito maior, dependendo da função”, diz.

A explosão dos jogos casuais para redes sociais e dispositivos móveis é que puxa a criação de oportunidades no setor. O designer de interface de jogos Leandro Novaes é a prova disso. Ainda no último ano de faculdade recebeu o convite para entrar na recém-fundada 2Mundos, empresa voltada ao desenvolvimento de jogos casuais, para o mercado brasileiro. “Acabei me descobrindo nesse mercado e quero explorar as oportunidades que se desenham para mim.”

Designers como Novaes, são alguns dos trabalhadores mais procurados, sobretudo os especializados em design 3D.
A outra atividade que completa o pilar da criação dos games é a de programador, diz Vasconcelos, da Abragames. “É ele quem recebe o ‘roteiro’ criado pelos designers e coloca a ideia em prática.” De acordo com Vasconcelos, há escassez desses profissionais no Brasil. E os que se destacam por aqui, logo vão para fora. “Na minha empresa, a Jinx, já perdi 42 desses profissionais para o exterior”, conta.

Devido ao momento de crescimento, muitos desses trabalhadores acabam virando empreendedores, criando seus próprios jogos e buscando parcerias para lançá-los, como fez o programador José João de Oliveira Júnior. Ele montou sua própria empresa, a Overtime Studios, e lançou seu primeiro título para smartphones, ‘Sushi Bomb’.
O objetivo agora, segundo ele, é conseguir parcerias para distribuir o game.

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