10 anos de Resident Evil 4

Saudações aos leitores.

Lançado precisamente no dia 11 de janeiro de 2005, Resident Evil 4 revolucionou não apenas a série da qual fazia parte, como também os games de ação que seriam lançados nos anos seguintes. Parece exagero, e também parece óbvio hoje jogos com mecânica que ficou conhecida como “ação em terceira pessoa”, mas o fato é que Resident Evil 4 foi o primeiro jogo que teve essa mecânica, com a câmera posicionada atrás do personagem, com ações e movimentação em campo tridimensional. Games como Gears of War e Dead Space devem muito a Resident Evil 4.

Revolucionou também sua série, pois na época Resident Evil estava em crise (curiosamente está novamente, após o fracasso de Resident Evil 6), após 4 jogos parecidos e que mostravam certo cansaço. Resident Evil 4 por sua vez ousou tanto na mecânica, na parte técnica (abandonando os cenários pré-renderizados em prol de mapas tridimensionais), como também no enredo, pois foi o primeiro jogo da série principal (lembrando que Code Veronica foi um spin-off) que se passa fora dos Estados Unidos e de Racoon City, e com uma história diferente dos anteriores – aquele clichê mongo da “filha do presidente que é raptada”.

Resident Evil 4 também revolucionou o GameCube, sendo um dos raros jogos do console a vender mais de um milhão de cópias. Aliás, o jogo também foi responsável pela primeira grande quebra de exclusividade da Capcom, sendo lançado meses depois para Playstation 2. Apartir daí Resident Evil 4 foi portado para até para visor de porta de geladeira.

Tenho a versão original aqui e após dar uma boa rejogada, posso dizer com segurança que o jogo passou bem esses 10 anos, envelhecendo como um bom vinho. Os controles são tão bem ajustados e a mecânica de jogo é tão “redonda”, que nunca senti vontade de experimentar os controles da versão Wii, mesmo obviamente superiores. Além disso, a bela produção empregada pela Capcom fez com que os gráficos sobrevivessem com dignidade. Claro que algumas texturas pobres e falta de detalhe aqui e acolá saltam aos olhos, mas nada que chegue a incomodar. Além disso, a imobilidade do personagem para mirar, atirar e recarregar, ao contrário do que ocorre nos games atuais, também denuncia a idade de Resident Evil 4.

Independente da versão que for, recomendo a todos gastar umas horas no último grande Resident Evil da série principal. Depois, se for caso, confiram Resident Evil Revelations. Vida longa ao clássico Resident Evil 4, e tomara que a Capcom saiba o que fazer com o próximo jogo da série.

Abraços e até a próxima.

AvcF – Loading Time.

4 thoughts on “10 anos de Resident Evil 4

  1. Um dos melhores games da série justamente por tentar se desprender do que havia sido feito e apostar em coisas novas, diferente do que acontece atualmente.

  2. Code Veronica não é spin-off. É um game da série principal e a verdadeira e legítima sequência de RE2.

    Não ser numerado não tem nada a ver com um game ser ou da série principal, por exemplo MGS Peace Walker, AC Brotherhood e Revelations, todos os Hitman depois 2 e mais um monte de exemplos.

    RE3 sim era pra ser um spin-off, mas depois enfiaram um 3 no nome e botaram na série principal por ser um título da série para o PSOne, berço de RE.

  3. Nunca curti tanto esse 4, parecia um “Nightmare Creatures requentado” – pelo menos pra mim.

    E sei lá… sou daqueles que acha que Resident Evil tem que ser mais “paradão” (tipo o Code: VERONICA e o primeiro da série) e não tanto “jogo de ação” (como o 2 e o 3).

    Mas o 4 ainda tá OK. Só de saber que pioraram a fórmula depois…

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