Especial Bad Trip 10 idéias idiotas: Jaguar – parte 07

Peço aos leitores com problema cardíacos e outras doenças que evitem ler essa matéria, pois o ministério da saúde nos advertiu sobre os danos que o produto que falaremos pode causar. Falaremos de uma época negra, onde uma enxurrada de porcarias como 3DO eram jogados nas prateleiras para o deleite dos fungos. Uma época onde se especulava de promissores consoles de grandes empresas e também um notável barulho era escutado da Atari: tratava-se do novíssimo Jaguar.

Jaguar fora projetado inicialmente para versões 32bits e 64bits, porém a ambiciosa fabricante viu uma incrível oportunidade em destacar-se apenas anunciando a versão mais poderosa, assim podendo talvez “jogar na cara” dos adversários sua superioridade. Assim, em novembro de 1993 a Atari lançou o console no mercado norte-americano por 250 verdinhas. Vamos fazer um favor aos nossos neurônios e adiantar a matéria: Jaguar não deu certo. Motivos? Sente que lá vem história.

Aos amantes de videogame uma coisa é mais do que certa: para o sucesso de um console é vital que este tenha uma boa e recheada biblioteca de jogos. Jaguar falhou por conter poucos e péssimos jogos, sendo que os de maior destaque foram os medianos Alien vs. Predator e Tempest 2000. Outro problema similar ao da empresa nipônica Nintendo, o Jaguar utilizava cartuchos, mas o problema foi sanado com um drive externo intitulado Jaguar CD – o que não ajudou em nada nas vendas do console.

Para fechar, um destaque ao controle com 15 botões. Novamente para os que não acreditaram: o controle tinha 15 botões. Era uma mistura bizarra entre um controle convencional e uma calculadora gigante e foi retalhado por qualquer ser humano consciente na época. Até hoje fico imaginando quem foi o “esperto” que teve a idéia brilhante do controle e qual foi a razão de terem aprovado (sinceramente até fiquei curioso em jogar um game com aquele troço, ou bagulho).

Em 1995 o CEO da Atari Sam Tramiel disse em uma entrevista que o Jaguar era muito mais poderoso que o Saturn e que o preço beneficio era bem melhor que o PlayStation. Vale lembrar que esse pronunciamento entrou na lista dos 25 comentários mais idiotas, segundo o portal GameSpy. Outra boa anedota é que os incríveis co-processadores 64bits do Jaguar não eram exatamente 64 como a empresa proclamava, mas simples aceleradores gráficos, exigindo controle externo dos processadores principais: a GPU primária executava em 32bits, enquanto a CPU restante já era estabelecido para ser uma unidade 32bits.

Enfim, como perceberam o Jaguar era um fiasco, uma péssima idéia mal executada pela saudosa Atari. Com o tempo o console caiu no esquecimento e, para os que ainda se lembram, passou a ser uma boa piada nerdística. Merecido lugar no Bad Trip.

João Vitor Guedes – Loading Time

6 thoughts on “Especial Bad Trip 10 idéias idiotas: Jaguar – parte 07

  1. O console fedia mas a ideia de 15 botões não era tão absurda, já q o controle do ps3 tem 14 botões. O grande problema era o design e a ergonomia do mesmo.

  2. pra q server os botoes numerados(a “calculadora”)?
    Oo
    vi um video de 1 jogo do jaguar
    e elmbrei q meu celular tilojo 😉 roda jogos melhores e mais bonitos,isso q nem tem tela colorida XD

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *