Saudações aos leitores.

Aproveitando o sucesso que foi o lançamento do filme The Avengers nos cinemas, resolvi rejogar um clássico dos arcades lançado no ínicio dos anos noventa: Captain America and the Avengers.

Em 1991 a extinta produtora japonesa Data East lançou um game que imagino que todo mundo esperasse vindo de uma produtora americana: Captain America and the Avengers. Apesar de ter sido projetado por gente que devia ter pouca intimidade com HQs americanas, o fato é que o pessoal da Data East fez um belo trabalho para transpor o universo e os personagens das revistas do Capitão América e dos Vingadores (caso alguém não saiba, são publicações separadas). Além da mistura contextual, a Data East também misturou diferentes mecânicas de jogo, resultando em um híbrido de beat em up (ou ação, se preferirem) e “shooter de navinha”(shmups, para jogadores das antigas), que funciona muito bem.

As cinco longas fases do jogo distribui bem os setores com ação em terra, batendo em hordas de inimigos, e seções em que os personagens voam e lutam contra inimigos equipados de foguetes, naves e robôs gigantes. Como o jogo aceita até quatro jogadores, o ritmo das partidas costumava ser intenso, com muitos tiros e inimigos indo e vindo pela tela, com alta demanda dos reflexos, sobretudo o visual, dos jogadores. Para enfrentar isso tudo, o jogador contava com os super-herois (além do já citado Capitão América) Iron Man, Vision e Hawkeye. Apesar desses personagens serem muito diferentes quanto a força e nível de poder nos quadrinhos, nos jogos todos possuem os mesmos tipos de golpes e o mesmo jeito de jogar.

O framerate do video está meio zoado, mas dá para ter uma idéia de como as coisas funcionam.

Como puderam ver acima, o vilão da vez era o infame Red Skull, com sua risadinha afetada. Não conheço seus asseclas, mas dado o visual espalhafatoso deles, tem bem cara de capangas genéricos. Mas servem bem ao papel de sacos de pancada. Os chefes por sua vez são bons desafios, obrigando o jogador e decorar seu modus operandi e atacar nos momentos certos. O resto não tem muito segredo, gráficos bem feitos e bem animados, se as músicas razoáveis, os efeitos sonoros por sua vez funcionaram muito bem, com explosões, tiros e lasers bem audíveis e diferenciáveis, além dos engraçados e exagerados gritinhos dos personagens. Se bem que o melhor nesse quesito é o narrador e seu indefectível “THE AVENGEEEEEEEEEEEEENNRS!!!”

Mesmo depois de perder todas, Red Skull ainda acha motivo para rir

Como felizmente nenhum joguete-miojo foi lançado junto do filme dos Vingadores, acho que a única coisa próxima que sobra é esse game. Tá certo que não tem o Hulk e a Viuva Negra, mas assim como o filme, o game é uma diversão rápida e intensa com os heróis da Marvel. Pelo menos é isso que espero do filme. Além disso, ambos não precisam de 3d para funcionar bem, hehe.

Vou ficando por aqui, amigos. Busquem esse game em algum emulador (nunca o vi em um desses pacotes de games antigos), pois vale a pena. Também dá para tentar a versão lançada para o Mega Drive, uma conversão muito bem feita e anos-luz superior ao péssimo port lançado posteriormente para SNES. Uma versão atual com suporte à jogatina online seria interessante também. Quem sabe um dia, e espero que olhem para o Avengers original da Data East. Seria uma bela inspiração.

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