Cool Vibrations: Mario Hoops 3 on 3 (Nintendo DS)

Saudações aos amoráveis.

Resgato aqui no Loading Time esse simpático game de basquete do encanador multiuso Mario. Acompanhem.

Se tem um personagem que é explorado e que ganharia uma fortuna em um processo trabalhista, esse é o Mario Mario (ué, não sabiam que esse é o nome inteiro dele?). Pau para toda obra (opa!), também com o tempo se mostrou um exímio esportista. Não dúvido nada que no futuro próximo veremos games como Mario Curling, Mario Lacrosse, Mario Pebolim, Mario Taco, Mario Críquete e Mario Cuspe a distância com barreiras. Mas foi somente em 2006 que Mario estrelou um game de basquete, no caso Mario Hoops 3 on 3.

A primeira coisa surpreendente foi o fato de que ao invés da própria Nintendo, foi a Square-Enix a responsável pela produção do jogo. A segunda é que o jogo é de fato bom, pois não apenas os portáteis Nintendo costumam ser uma desgraça em games esportivos (Winning Eleven DS que o diga), como a Square-Enix que não tem a menor tradição nesse tipo de jogo. De uma forma ou de outra, essa gororoba deu certo e o resultado foi um game de basquete simpático e divertido. Isso porque eu não gosto de basquete, nunca dei a menor pelota para NBA, Michael Jordan, Oscar, Hortência e agregados. Se bem que aquela imagem da “rainha do basquete” ganhando um título mundial ou medelha, sei lá, de tão medonha dá medo até hoje.

Óbvio que não se trata de uma simulação, e é exatamente por isso que ficou bom. O esquemão é aquele manjado dos esportivos do Mario, ou seja, pouco apreço às regras e mais bagunça e deslealdade

O interessante é que a mecânica de jogo não ficou tão simples quanto poderia ser e pelo que aparece durante o videozinho. O pessoal da Square-Enix conseguiu transpor bem as jogadas do basquete de fantasia do jogo, então, além dos tradicionais cascos estrelas e bombas há também tocos, enterradas, roubadas de bolas e até as chamadas “ponte aéreas” (aquilo de um jogador arremessar a bola e o outro pegá-la ainda no ar e enterrar na cesta). Ou seja, há um aspecto estratégico interessante, assim as partidas têm certa cadência e não são apenas correria descerebrada. Outro detalhe bacana é que há diversos pontos para acúmulo de moedas nas quadras, sendo que estes vão mudando conforme o andamento das partidas. Quanto mais moedas se pega, maior o número de pontos na conversão de uma cesta. Esse detalhe cria uma profundidade adicional às partidas, pois o jogador precisa decidir no calor do momento se parte para jogadas mais rápidas ou acumula mais moedas para ganhar mais pontos, criando aí uma jogada mais produtiva mas de maior risco.

Um aspecto que curti desse jogo foi a boa implementação da caneta no gameplay, algo que sinto falta em mais games do DS. O personagem é movimentado pelo direcional, mas todas as demais ações como passes, lances e dribles são feitos com os arrastos da caneta sobre a tela. Tudo responde bem e com precisão. O único ponto contra a meu ver foi o esquema para executar os especiais dos personagens, em que o jogador tem que dar uma sequência de toques para formar um desenho. Com alguns personagens o desenho é simples, mas com outros tem muitos toques, o que desequilibra as coisas. Sem contar que é meio complicado parar no meio do jogo e ficar tentando freneticamente dar toques para formar um “W” o outra coisa do tipo.

Tecnicamente o game é irrepreensível, com gráficos muito bem feitos e som caprichados, contado até com músicas cantadas. Animações e efeitos fluem muito bem, e não me lembro de ter notado nenhuma queda na taxa de quadros por segundo. As quadras são bastante detalhadas, sendo que algumas têm elementos que interferem no jogo, como tiros de canhão, um tentáculo de uma lula gigante, gelo deslizante e etc. Só o que não foi bem resolvido foram as rotinas de comportamento do computador, principalmente dos outros dois jogadores do trio do jogador, verdadeiros idiotas na maioria das vezes. Eles muitas vezes ficavam atrás da marcação da CPU feito bobos e nada faziam para se posicionar melhor. Isso as vezes tornava o jogo um pouco injusto, pois os jogadores do computador agiam como um time de fato, especial o trio especial da Square na partida final.

De resto tem uns minigames bobinhos com moedas, além de personagens, quadras e bolas extras para habilitar. É uma quantidade de conteúdo razoável para um esportivo desse tipo. Mario Hoops 3 on 3 é um joguinho bacana que passou meio despercebido, lançado no começo de vida do DS. Ficou meio preterido em relação a outros títulos de maior pedigree, por assim dizer. Mesmo assim foi uma experiência diferente do pessoal da Square, quem sabe eles não repitam mais vezes. Seria interessante.

Até o próximo post.

André V.C Franco/AvcF – Loading Time.

6 thoughts on “Cool Vibrations: Mario Hoops 3 on 3 (Nintendo DS)

  1. Não joguei esse ainda. Me lembro de quando lançavam jogos esportivos baseados nos personagens da Warner Brothers – os Looney Tunes e a turma do Tiny Toon. Era bacaninha até.

  2. Pra mim é pior jogo do Mario dos últimos anos. Até os de beisebol são mais divertidos.

    Aliás, basquete e beisebol são meus esportes favoritos, mas isso não significa que esperava realismo nesse Mario Hoops. Esperava ao menos uma jogabilidade divertida. Do jeito como ficou, além de ser extremamente cansativo, ficou bobo, sem falar no desbalanceamento dos arremessos especiais.

    Visualmente ficou decente, mas é só. Foi um dos títulos que vendi sem sequer chegar ao final. A premissa era muito boa, uma pena que as coisas não saíram tão bem assim.

    Comentário do AvcF: eu achei um bom jogo no geral. Creio que se fosse um “Hoops 2 on 2” talvez pudesse ter sido um pouco melhor balanceado, já que os dois personagens a menos permitiria uma sobra de processamento.

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