Brasil: Uma nação de piratas, por Pedro Franco

Pirataria

Saudações aos portentosos.

Fazia tempo que não trazia a tona o tema da pirataria aqui no blog. Desde os posts no ano passado dedicados a esse tema na primeira versão do Loading Time, os leitores regulares desse espaço sabem da minha posição firme a esse respeito. Sabem o quanto torço para que um dia o Brasil volte a ser um mercado respeitável para o entretenimento eletrônico, e que o único caminho para isso é combater não só apenas os diretamente envolvidos com a pirataria, mas a desonestidade dos próprios jogadores que alimentam esse esquema.

Apenas para contextualizar, o artigo pode parecer meio óbvio para quem mora em São Paulo, mas ele se trata de um tipo de guia para mostrar aos estrangeiros como funciona um fragmento do mundo da pirataria no Brasil, bem como as engrenagens de seus mecânismos. Considero um texto elucidativo, claro e essencialmente correto em seus pontos.

Segue após o link o excelente artigo de Pedro Franco, escrito para o site The Escapist. Vejam o quão estamos queimados lá fora e quão baixo é o buraco em que estamos.

Uma nação de piratas
por Pedro Franco

A Avenida Paulista pode facilmente ser o coração de São Paulo, a maior cidade do Brasil. É a avenida onde você encontra o centro de operações das maiores corporações do Brasil e do mundo.

Para quem visita pela primeira vez, é uma cena curiosa. Pegue o metrô e desça na estação Trianon-Masp. Se você der uma olhada em volta, deverá localizar um pequeno posto de polícia por perto, e com um pouco mais de procura, o Paulista Center Mall. Lá você perceberá que praticamente toda loja está inteiramente dedicada a venda de mercadorias pirateadas, principalmente games e programas clandestinos. É um porto de produtos pirateados, e mostra o quanto permissiva a pirataria se tornou na sociedade brasileira.

Embora não seja fácil conseguir dados, a Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames) estimou que em 2004 nada menos que 94% do mercado de games do país consistiu em mercadorias pirateadas. De forma similar, o portal de internet brasileiro UOL noticiou em 2006 que o então chamado “mercado cinza” de produtos importados ilegalmente fez 80% do mercado de games do Brasil e 94% do mercado de consoles. Esses números levam a uma conclusão simples: se você joga videogames no Brasil, mais do que provável que você esteja cometendo um crime.

Comprando com piratas
Então qual é a experiência de comprar um game pirateado no Brasil? Para responder essa questão, vamos viajar para a Rua Santa Ifigênia perto do velho centro de negócios de São Paulo. Começando pela igreja São Bento próxima e continuando enquanto você caminha pela rua, você está cercado por uma ridícula farsa.

Uma dúzia de vendedores enche a rua, mostrando pequenos pôsteres com fotografias mal tiradas de capas de jogos e incessantes perguntas aos pedestres se eles estão procurando por jogos de PC ou Playstation 2. A farsa se revela toda vez que uma patrulha de polícia, os únicos carros permitidos nessa porção de rua, passam. Você não necessariamente ouve um grito, mas antes da polícia chegar, todos os vendedores correm para embalar seus produtos e se deslocam para outras partes, retornando rapidamente após o perigo ter passado. Esse ritual se repete quase todo dia, sem nenhuma diferença notável.

É suficientemente claro na Rua Santa Ifigênia que os vendedores estão empregados em atividades ilegais, mas dê uma volta em um mini-shopping próximo e os sinais de pirataria de games e comercio legítimo se misturam. As lojas lá não venderão jogos piratas grosseiros que você encontra na Santa Efigênia, mas não é difícil perceber que pelo menos alguns desses jogos são importações do “mercado cinza”, não ao menos pelo fato de que essas lojas tentam dar um recibo oficial após a compra.

Entretanto, se você está realmente interessado em comprar um jogo, sua melhor aposta é entrar em uma dessas muitas “pseudo-lojas” por São Paulo e dê uma olhada em que as lojas de jogos oferecem lá. Essas lojas, cuja maioria consiste em pouco mais de um cubículo com um balcão, não mostram os jogos pirateados diretamente. Ao invés, eles oferecem aos clientes estojos portáteis baratos contendo as mesmas fotos mal impressas que os vendedores de rua usam, ou ocasionalmente, apenas uma lista de jogos.

A razão é simples: os discos dos jogos em si não são mantidos na loja, em caso de uma batida da polícia. Então após você optar comprar o jogo, o vendedor irá pedir a um parceiro te trazer a cópia. Não leva muito tempo, e seu CD ou DVD provavelmente virá embalado em um pequeno plástico preto, com outra foto da capa enfiado dentro.

O preço sugerido é ridicularmnte baixo – normalmente por volta de R$10 to R$15 (or $5 a $7.50) – mas após uma pequena negociação, você pode facilmente terminar pagando metade disso. Você não irá, claro, receber recibo; ao invés, você deverá receber um cartão com o nome do game que comprou escrito em preto, com a promessa de que você poderá trocar o jogo na loja se este se provar defeituoso.

Embora exista uma grande sensação de fragilidade associada com essas transações, o fato que você espera que a loja esteja lá na próxima semana, faz a experiência não muito diferente daquela de comprar um jogo legalmente. Afinal, lançamentos chegam muito rápido, se o jogo não funcionar você pode trocar e você pode encontrar cópias de Winning Eleven da Konami, totalmente traduzidas em português. O que mais o consumidor quer?

Um porto para pirataria

O que é verdadeiramente perturbador, entretanto, é o que vem depois, quando você menciona a outras pessoas que você comprou um game pirateado. Ao invés de censurá-lo ou reprimi-lo por cometer um ato grosseiramente ilegal, a maioria das pessoas sequer mostrarão surpresa. Se você conversar com outros jogadores, eles talvez o enalteçam por sua decisão.

E, de fato, por que eles não iriam? Existe hoje toda uma geração de jogadores – a geração 32-bit – que provavelmente comprou a vasta maioria, se não toda, sua coleção de games ilegalmente. Essa pirataria não se restringe aos games, tampouco, embora o mercado de jogos clandestinos seja provavelmente o maior e mais flagrante. Dizer que o Brasil é uma nação de piratas não é tão distante da verdade.

O Brasil nem sempre foi um porto para a pirataria. Afinal, até o meio dos anos noventa, o mercado de games no Brasil era preponderantemente legal; companhias podiam lançar e dar suporte para os consoles, como a Tectoy (Sega) e Gradiente (Nintendo). A epidemia pirata somente veio com a combinação de impostos excepcionalmente altos (A EGM Brasil estimou em sua edição de março de 2005 que pelo menos 45% do preço de um jogo de PC consistia em impostos), o baixo rendimento da maioria dos brasileiros, a falta de um programa anti-pirataria governamental efetivo, e ironicamente, o principal fator que ajudou a fazer os jogos mais de mercado de massa: a troca de midia dos cartuchos para os CDs, tornando mais fácil copiar jogos.

Por muitos anos agora, a sociedade brasileira tem visto a pirataria não apenas como um lugar comum, mas como a forma padrão de comprar um jogo. Isso teve um impacto profundo na sociedade em geral e sobre aqueles que jogam games, em particular.

Em um sinal mais positivo, a pirataria grosseira tornou os videogames muito mais predominantes no Brasil que seria de outra forma, simplesmente por causa dos preços mais baixos. Em 2006, por volta de 24% das famílias de classe média baixa – famílias com um rendimento combinado por volta de R$ 24,000 (ou $12,000) por ano – tinham um console de videogame. E embora a pirataria para a sociedade como um todo seja ruim, consumidores individuais que optam por comprar artigos pirateados se beneficiam largamente no curto prazo.

Mas as conseqüências negativas da pirataria são tremendas. Os produtos piratas são frequentemente contrabandeados e vendidos por o que somente podem ser chamados de grupos criminosos organizados, com óbvias implicações. Igualmente óbvio é o que o governo perde em fonte de receita potencial, assim como vendedores legítimos, importadores, fabricantes, e claro, os próprios desenvolvedores de games.

Menos óbvio é o potencial desperdiçado que um mercado como o Brasil tem. O México, um país muito parecido com o Brasil nesse aspecto, é hoje o quinto mercado mais importante do Xbox 360 no mundo. Da mesma forma, a cena do desenvolvimento de games no Brasil é igualmente atrofiado; apenas em 2008 que um desenvolvedor de grande nome (Ubisoft) estabeleceu um estúdio de desenvolvimento em São Paulo. Até agora, é o único.

Além disso, mais uma conseqüência sutil está situada na percepção do público sobre os games. Há uma marca de ilegalidade na cultura gamer que é difícil de dissipar quando tão poucos jogadores compram jogos legais. E, a exceção do já mencionado Winning Eleven, traduções para o português são incrivelmente raras, e produtos sem suporte oficial significa que se seu Xbox 360 pegar as “luzes vermelhas da morte”, você está por sua conta.

Piratas no comando

O que podemos dizer que irá acontecer em outros países onde a pirataria se tornou mais prevalente? Se grandes mercados como o dos Estados Unidos e do Japão, tornassem mais afetados pela pirataria, você logicamente esperaria que a indústria fosse encolher e que os jogadores hardcore provavelmente serão os mais afetados. Afinal, as pessoas que são mais inclinadas para piratear jogos são mais jovens, e, sobretudo, gastam mais de seu tempo e rendimentos em jogos. Perdendo esses jogadores não seria um golpe fatal para a indústria, mas você poderia esperar distribuidores e desenvolvedores voltando-se para os jogadores casuais e MMOgs (um dos poucos tipos de jogos de PC que ainda é difícil de piratear), para compensar.

Se o exemplo do Brasil nos ensina algo, é que a indústria de games é mais vulnerável a pirataria do que estão dispostos a admitir. Afinal, os games no Brasil foram de um mercado legítimo para uma economia subdesenvolvida em menos da metade de uma década. Isso demonstra que se as condições são mais ou menos certas não é de todo difícil para a pirataria se tornar a norma.

É o futuro inevitável? Eu espero que não. Mas a atual crise econômica fará o encanto da pirataria mais forte do que nunca. Você pode estar certo que tanto jogadores quanto os inescrupulosos irão agir sobre essa tentação, criando uma infra-estrutura pirata maior no processo e plantando as sementes para um futuro difícil para a indústria dos games.

Pedro Franco está terminando sua tese de mestrado em economia e tem jogado videogames desde os seis anos de idade. Ele espera que Shogo: Mobile Armor Division um dia consiga uma sequência.

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André V.C Franco/AvcF – Loading Time

31 thoughts on “Brasil: Uma nação de piratas, por Pedro Franco

  1. Embora a pirataria esteja presente desde que me conheço por jogador (graças aos impostos sobre impostos), tudo isso tomou proporções incontroláveis no dia em que a Sony decidiu que não comerciaria o Playstation no Brasil. E pelo visto querem continuar com essa política, já que SÓ AGORA vão começar a produzir jogos de Playstation DOIS na Zona Franca de Manaus.

    PS: Tenho um Wii “bloqueado” e me sinto um pouco idiota por ter feito o update pro Wii Menu 4.0 que acabou com as possibilidades de eu fazer o “Twilight Hack”. Felizmente os jogos que quero, por enquanto, não dá para comprar falsificados.

  2. Tenho uma vasta coleção de filmes em DVD, tenho muitas cópias “caseiras”, mas uma grande quantidade de filmes originais, mas o mais caro deles foi 49,90. Quando decidi comprar a série Metal Gear Solid original, encontrei um preço absurdo de 176,00 em um unico game simples para PS2. vivo em uma cidade de interior onde não se encontra esse tipo de produtos em lojas ou locadoras, e as mesmas vendem e alugam games piratas. O nível de vida da minha cidade é baixo, a renda das pessoas não da suporte a esse valor para esse tipo de produto. Muitas pessoas aqui ganham um salário de R$480 e tem de viver com isso, como essas pessoas podem pagar quase R$200 em um game. Com os filmes as coisas estão melhores, temos locadoras com produtos originais e podemos comprar DVD catalogados a R$10, muito melhor não é mesmo? Por isso sempre que posso compro filmes originais, mas games esta praticamente impossivel. Enquanto tivermos esse abuso de impostos sobre esses produtos continuarei com minhas cópias genericas desejando muito te-las originais.

  3. Enquanto não baixarem os preços de venda, isto nunca acabará. E não adianta falar que “nós temos de começar isso comprando os originais para que a indústria cresça aqui” porque essa mudança tem de acontecer de cima pra baixo e não ao contrário.

  4. e tipo avcf,eu gosto de oroginal,tenho jogos de pc e talz
    mas nao ve me da vontade de gastar 200 reais,150 reais e talz!
    mas vo comprar um ps3 um dia,e vo no paraguay comprar os originais la q são muito baratos 🙂
    e tipo,pagar 100 reais num jogo original pra console nao me é ruim!

  5. se os dePUTAdos e os senadores,abaixassem os impostos pessados desses produtos,varias pessoas comprariam os originais,e nao baixar na net ou pegar no camelô!
    ha projetos de lei,que taxariam ate negociações online,imagina comprar um jogo no mercado livre e pegar imposto pro governo tb,comprar via steam e ter q pagar imposto pro governo!

  6. Não há muito o que acrescentar ao texto. Tenho amigo trabalhando com desbloqueio de consoles na rua santa efigênia, em sp. Sou tachado de louco, otário, e coisas mais, por ter gasto só no meu gamecube mais de R$ 2000,00 em jogos e acessórios, e estar seguindo o mesmo caminho com meu wii (mesmo ambos sendo desbloqueados).

    Uma coisa que deixa muito jogador de verdade com o pé atrás é gastar 200 mangos num jogo ridiculo de ruim. Duzentos reais é uma grana considerável mesmo para quem tem condições ou coragem pra pagar, e gastar com um jogo porcaria é o fim da picada.

    Deveriam aumentar o número de demos jogáveis, seria uma boa estrategia para os jogadres conhecerem novos jogos, e baixar os preços sim.
    Ainda me lembro da época do ps1, todo mundo queria ter uma cópia original de tobal n1 (se nao me engano), porque vinha com um disco demo de final fantasy 7.
    Eu mesmo estou pagando R$ 40,00 a mais numa cópia oficial de mario kart para gamecube porque vem com um disco de demos.

    Ei avcf, não acha que renderia legal se fizesse um post sobre sistemas anti-cópias, como o DRM ? Essas coisas são facas de dois gumes…

  7. Sinceramente.. o problema é um pouco mais amplo.
    Não somente políticas fiscais devem ser mudadas. Mas acredito que a indústria de games deve mudar. (assim como a musical o fez).
    Morei na Europa durante 4 anos.. e sei que a pirataria lá também existe! (mesmo com games acessíveis).
    O preço (claro) é fator fundamental. Contudo, acredito que a solução é o conteúdo online.
    Ou você tem sua senha pra jogar (que só funciona com console e game originais) ou, sinto muito, vai ficar jogando play 2 até morrer.
    Halo e Warcraft estão ai pra comprovar.

  8. Bem, acredito que o caro Pedro Franco não se ofenderá com franquesa (piada para descontrair…sem graça mesmo assim).

    Mas quem redigiu um texto dessa forma o fez pela metade.

    E muito fácil repreender quem fabrica, vende e compra jogos ou qualquer tipo de produto pirata, mas tocar no assunto delicado, que acaba por favorecer a mesma pirataria, não.

    Temos diversos fatores a serem vistos e não apenas o do “cidadão contraventor comprador de jogo pirata”.

    A alta tributação em produtos no Brasil é absurda e irreal…encarecendo o preço dos produtos originais em demasia. Eu com meu Xbox 360 não tenho condição de pagar 170/200 reais em jogos.
    O desemprego também empurra as classes mais baixas a irem trabalhar no comercio informal, e por consequencia vendendo mercadorias que não tenham preço elevado para um investimento inicial e para a venda garantida.
    sem contar o bando de incompetentes que o proprio povo brasileiro emprega e depois fica reclamando que o dito cujo não faz anda, mas o povo também não faz nada pra mudar.
    isso sem contar com o problema da educação no país que é cada vez mais precária.

    Em suma: Preço altissimo aliado a desemprego e falta de instrução, ocasionam esse tipo de problema.

    Porque será que nosso amigo do texto não comentou sobre os conhecidos Downloaders? Eles não financiam nada, mas mesmo assim contribuem com o problema da pirataria, já que 1 cara que baixa, é 1 a menos que compra o original.

    Foi como disse: Falar que o problema é só de quem compra, é facil, com certeza ele nasceu em bairro nobre ou tem emprego muito bem remunerado para comprar seus jogos originais.

  9. vixi, já escreveram tudo…. mas aí vai minha opinião:

    Em 97 eu compri meu SNES, juntei dinheiro e comprei… meu pai sempre foi (e ainda é) contra video games. comprei ele usado e vinha com 2 fitas piratas…. eu juntei dinheiro para comprar o Mega Man X original mas memos em 97 já era praticamente impossível achar…. comprei pirata.

    Em 2002 comprei meu ps1, onde eu só tive 1 jogo original, isso pq ganhei usado de um amigo por engano…. baixava tudo da net e copiava…. acho que tenho uns 25% no máximo que eu comprei…..

    com o mega drive que eu ganhei de um outro amigo, veio várias fitas originais e eu comprei um controle original pra ele, pq era melhor, mas nunca comprei jogos…

    até comprar o GBA e o PS2. o GBA eu comprei uma fita pirata que travava… troquei por mario kart original (o kra pensou que era pirata qdo vendeu) e tenho mais 2 fitas originais.

    no ps2 foi diferente, já estava trabalhando e para quem mora em SP, ir à santa efigênia com uns 200 reais, dá pra comprar até uns 3 ou 4 jogos originais, usados em bom estado!!! comprei meu FFX original por 50 reais!!! eu gosto de ver o encarte e tudo mais, TER o produto original…. mas não tenho como pagar também muita grana por um jogo que não vale à pena. ainda quero comprar o GOW e MGS(1~3) pro PS2… mas tenho que juntar grana…

    Tenho um psp com só o jogo que veio junto e o GOW, pq são jogos que eu realmente achei que deverria comprar, pq eram bons (e pq tava nos EUA… o preço é barato lá 😀 )… e tenho um ps3, com (lógico) só jogos originais….. o único que comprei no Brasil, eu paguei 180 reais usado,…. e não pretendo comprar de novo… em último caso compro no AMAZON, que vai sair uns 30 reais mais caro que a parcela do jogo que comprei aqui….

    o grande problema É SIM os impostos, mas a pirataria jamais vai acabar.
    90% das pessoas que conheço não comprariam um jogo original mesmo que fosse 10 reais mais caro…..

    mas com certeza ia diminuir o número de coisas piratas aqui, até pq é incrível ver a quantidade de lojas especializadas em jogos originais em shoppings e até na STA efigênia!!! 🙂

  10. Com certeza o assunto é amplo e todo mundo sempre escreve ou comenta sobre somente uma parte, até porque falar sobre tudo daria um testamento. Sobre o texto, eu também não concordo com o cara que vende o alternativo embora não veja muito problema no cara que baixa ou copia.

    Sim, porque se você elimina essa parte do comércio ilegal e a coisa fica mais no pessoal, você consegue imaginar diversos cenários que são tidos como “corretos” e que geram o mesmo efeito.

    O comentário do Edwazah me faz lembrar uma coisa (não to falando dele), que muitos dizem que isso é ruim pro mercado nacional e blá, blá, blá, mas não perdem tempo em trazer os jogos de fora sem pagar os impostos daqui, ou seja, pra mim não muda muito, os gringos enchem o bolso e o Brasil fica na mesma.

  11. Tchulanguero, o problema é que nós NEM EXISTIMOS para essas corporações. Estamos fora do mapa de consumidores de, senão todas, a grande maioria das empresas.

  12. Eu li o Artigo Original, e achei parcial e mal escrito… nao mostra mto bem o outro lado da moeda e nem descreve direito o “grey market” pra quem nao sacou q sao jogos originais… dando a entender de certa forma q o mercado cinza tb tem a ver com pirataria 😛

    @Thales: Ja conseguiram fazer o 4.0 rodar…

    @NitroxxBR: vc mora em foz?

  13. Avcf, DRM são sistemas usados por algumas produtoras que restringem a forma de uso dos jogos, por exemplo, limitar o número de instalações que um jogo pode executar (foi usado dessa forma no spore e em alguns outros jogos).

    Acho que isso só prejudica o jogador de verdade, o que compra um game original, e talvez, mais tarde, compre um pc melhor pra jogar o game com configurações otimizadas (foi o meu caso com o spore).
    Se tiver um problema com seu micro, e tentar reinstalar o game, vc rodou. Estou tentando instalar novamente spore, mas me ferrei feio.
    Ou uso o micro antigo, ou nada de jogo.
    Minha esperança será trocar o leitor de DVD e torcer q seja uma zica de hardware…

    Como qualquer ser humano com um mínimo de neurônios sabe, quem compra pirata, compra versão hackeada, que não tem estes sistemas embutidos.

  14. Pô, sei bem como é complicada a situação de quem quer comprar jogos originais no Brasil, visto que eu não desbloqueei meu xbox 360. A lista de amigos meus que acha que eu devo desbloquear é imensa, só uma pessoa que eu conheço me encorajou a deixá-lo bloqueado…
    Mas talvez queiram desconsiderar já minha opinião porque eu moro em Brasília e aqui a renda per capita é altíssima. E sim, eu ganho bem.

    Esse negócio da Santa Efigênia é famoso por essas bandas, mas eu sempre fico meio boquiaberto quando falam que os camelôs vendem os jogos no meio da rua, sem barraca nem nada, só com a tal foto mal-tirada e etc. Porque aqui, até onde vendem os produtos piratas(a.k.a.: Feira do Paraguai) São muitas as lojas que vendem com uma caixa bonitinha, a foto bem impressa, e algumas vezes com uma capinha até semelhante a de um jogo original, além de que as bancas e os vendedores no interior do local são fixos.

    E por último, estranho o texto citar o mercado cinza assim, sem explicar muito. Faz menção aos impostos e ao mercado cinza sendo que um é a causa do outro.E principalmente que eu descobri uma loja aqui perto que, pelos preços que pratica, deve se beneficiar da sonegação. AVCF, você acha que importar os jogos sem pagar imposto é errado mesmo? Tá que não vai incentivar em nada a ressurreição do mercado brasileiro de games, e que de alguns pontos de vista pode prejudicar tanto quanto a pirataria, mas continau sendo a única forma de um brasileiro pagar um preço justo por um jogo.

  15. Respondendo ao Rodrigo: acredito que o artigo não é oficial do Escapist, meu caro. É uma contribuição dos usuários.

    Obviamente, isso não justifica o texto incerto.

  16. Essa é uma análise ingenua; Pirataria é só um modelo de negócio, e uma opção das empresas. Veja a Sony por exemplo: ela decidiu que não haveria pirataria no PS3, já a Microsoft e a Nintendo que estava muito atrás na época do PS2 usam a piratria para ganhar mercado. A Microsoft também prefere que as pessoas pirateiem o winsowa para que não tenhamos nenhuma concorrência no mercado.

  17. Enquanto isso a Lantamel lança o DSi oficialamente no Brasil por “apenas” 1299,90 (621 dolares ou + 3,5 vezes o valor de varejo americano , ou vc acha que ela compra na BestBuy?). É muito comodo se esconder atras do escudo do “Brasil só tem pirataria” para justificar esse tipo de atitudo . A propósito se alguem interessar o DS ,ao preço de varejo , com toda a carga tributaria do brasil “custa” +- 705 reais . Considerando que eu fiz a conta com o preço de varejo (que não é o caso da Lantamel) qual a justificativa para um preço de 1300 reais ? Se depender do representante oficial da Nintendo no Brasil o problema da pirataria não acaba nunca

  18. Concordo com o forista acima… as empresas adoram apontar o dedo para a América do Sul e dizer que é o lar da pirataria, mas até onde isto reflete a realidade?
    Procure o jogo Medieval 2: total war no Brasil, original e com manual em português… não existe! A distribuidora desconsiderou um mercado consumidor de mais de 190 milhões de almas!! empurrando todos para a pirataria.
    Eu sou um jogador de PS3 que tem de ouvir aquela dublagem lusitana no game Uncharted… decerto porque Portugal com seus 10 milhões de habitantes seja um mercado consumidor de primeira linha…

  19. Concordo com o Tião
    eles nem sequer ligam para nós,e nao adianta eles esperarem um milagre!
    por que isso nitroxx?
    pq nos temos impostos pesados sobre os consoles+jogos e muitos no brasil nao tem dinheiro para isso
    mas os jogos originais sao caros nitroxx,e agora?
    e agora e que nos deveriamos fazer que nem os americanos e europeus,comprar uns 5 jogos ao ano no minimo,pegar mais demos,comprar jogos usados e outras formas legais de compra!

    sorte que a SONY(esperava a nintendo e microsoft) decidiu fabricar jogos/consoles/cabos/controles no Brasil
    para diminuir os preços finais para toda a america latina na esperança que eles comprem originais.
    Espero que nós façamos nossa parte
    pq eles nao vao ficar ake no brasil se ninguem comprar original,e quem perde somos nós!

  20. Nitroxx, um problema de lançar o ps2 agora é que já existe uma imensa base instalada de console aqui no Brasil. Como faremos nossa parte agora, nove anos após seu lançamento original? (se nao me engano, foi lançado em março de 2000).
    Eu nao ganho mal, tanto é q tenho 4 consoles (wii, ps2, xbox 360 e psp) a soma do valor de aquisição totaliza em qse 4.500. possuo alguns acessórios originais, jogos tende a zero! No dia das maes, paguei 100 reais em 2 dvds musicais pra minha mae, sendo q um continha 2 discos, (isso q ambos eram lançamentos), mas aí vou olhar um jogo pra comprar, não baixa de 190 reais (JOGO, não essas porcarias fantasiadas de jogo). A exemplo o xbox 360.. preços praticados pelas americanas:
    Devil may cry 4 – r$199,00
    Resident Evil 5 – ediçao de colecionador R$399,00
    Skate 2 – R$299,00

    Só com o valor desses 3 games, voce compra outro console e se benificia com a pirata, podendo aproveitar o que cada console tem de melhor. É justo? who knows? mas para a nossa realidade, quem realmente gosta de jogos, e com a diversidade de opções que o mercado de games traz, fica totalmente inviavel adquirir jogos originais.

    Ahh meu Mario Kart Wii original, q saiu da caixa uma vez…

  21. quando eu for promovido
    ou tiver um emprego melhor,so vou comprar original
    pra pc eu mesmo compro original pra jogar na net(steam e talz)
    porem eu nao vejo o PQ de gastar 200 reais num jogo!!
    99 reais eu acho justo

  22. 0ainda sonho com o presente que vou comprar pra mim jogar no ps3:
    segue o sonho
    “tava lá eu jogando devil may cry 4,todo marotao,dae chega o correio,PÁ,vo lá recebo e talz,dae eu vejo q e da loja de jogo,PÁ corro pra dentro,respiro fundo,tiro a foto minha segurando o pacote,abro levemente o pacote,e tiro lentamento o blue-ray METAL GEAR SOLID 4: GUNS OF PATRIOT,dae eu desmaio,quando acordo fico jogando horas e horas!”
    acordei
    eu nunca me senti tao feliz com um jogo pirata,o maximo q um pirata me fez feliz(eita dupro sentido!)
    foi com o madden 09 q eu so viciado!

  23. concordo com vc, nitroxx… realmente o poder q um original exerce na hora de abrir um pacote, é indescritível. Porém, chega a dar pena colocar um dvd original num console, correndo o risco de danilifa-lo com arranhoes e afins, indo R$200,00 por agua a baixo, hehe. Estou exagerando, claro, mas sei lá.. como eu disse, o mario kart é o jogo que mais jogo atualmente, e me senti na obrigação de compra-lo. Contudo, jogo apenas com o “backup”, mantendo o dvd original impecável. Enfim, o q realmente acho q atrapalha é a questao da facilidade de encontrar um jogo, comprando ou baixando. Chega a ser no mínimo irônico, ter uma vasta biblioteca de games alternativos e pela imensa quantidade acabamos sem ter”opção” para jogar..

  24. NOIS JOGADORES NAO COMPRAMOS JOGOS PIRATAS PORQUE QUEREMOS E SIM PQ NAO TEMOS ESCOLHA MORAMOS EM UM PAIS PORCO DE CRPÇÃO AONDE OS INPOSTOS COMEM TUDO NIMGUEM CAGA DINHEIRO PARA COMPRAR UM GAME DE 300 CONTO FODA-SE VO NA PIRATARIA MSM

  25. O Brasil é país dos espertos que se orgulham e justificam seus esforços em furar qualquer esquema ético em função de uma incompetência legítima em querer fazer qualquer realidade mudar. Pensar dói o cérebro, lutar cansa demais e qualquer esforço coletivo é boicotado pelo individualismo do cidadão tupiniquim. O certo e o errado aqui são relativos, já que sempre os culpados estão longe e delegando o poder: e isso justifica qualquer ato criminoso.

    Quem sofre nisso são os idiotas dos desenvolvedores e fabricantes que passam tempo fazendo algo que inevitavelmente será roubado, ou melhor, apropriado em nome de alguém que, no final de contas, daí ileso nessa situação: o político. Queremos ferir eles, mas destruímos o direito dos outros. Os políticos continuam muito bem, pois são os mais espertos, já que sabem que os brasileiros são tão desonestos e corruptos que eles. Talvez eles sejam reflexos de seus eleitores…

    Enfim, quer fazer algo nesse país que tanto lhe desagrada? Vá estudar, procurar alguma consciência crítica, refletir sobre essa porca realidade e, acima de tudo, fazer algo além da costumeira desculpa tupiniquim baseado em atos esdrúxulos sem fundamento.

    Obrigado Victor Abraham, você serviu como amostra real da triste realidade intelectual e a fraca capacidade modificadora dos eleitores brasileiros.

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