Bad Trip: The Addams Family (NES)

Bad Trip: The Addams Family (NES)

Saudações aos leitores.

Quando se trata de games ruins, quase sempre a primeira lembrança que vem à mente é a Acclaim e sua subsidiária LJN (o infame “rainbow of shit”). Ainda sim, convém nunca esquecer da Ocean e seus terríveis games licenciados, que muitas vezes estavam pau a pau no quesito ruindade com demais porcarias. É verdade que já eu havia dedicado um post à Ocean, mas um joguete em especial acabou escapando, no caso The Addams Family, joguete baseado na simpática comédia representada em séries, filmes e desenhos animados. Então, vamos lá.

Dizem que a repetição é a chave para a pefeição, e por isso, se quisermos ser bons em alguma coisa, temos que repetir e repetir. Os funcionários da Ocean bem que tentaram seguir essa receita, porém o fato é nunca conseguiram entregar um jogo decente. Aproveitando que seus jogos de NES sempre tiveram o mesmo gameplay de ação com plataforma, a Ocean resolveu inovar e deu uma pitada de Metroid à The Addams Family, com um grande mapa com diversas seções que dependem de requerimentos específicos para serem acessados, no lugar de fases sequenciais e um design mais linear.

Como puderam ver acima, o jogador assume o controle de Gomez e tem que salvar seus familiares presos no muitos cômodos da enorme mansão Addams. Sendo assim, tal qual um Metroid, o jogador terá que percorrer um grande mapa descobrindo como destravar as seções que se mostram inicialmente trancadas. Mas diferentemente de Metroid, em que o jogador vai recebendo habilidades extras para superar essas barreiras, The Addams Family dá ao jogador apenas um avatar lento e limitado para lidar com desafios ridiculamente difíceis e injustos. Isso porque o jogador tem apenas três vidas e uma pequena barra de energia contra um jogo em que praticamente qualquer elemento de cenário causa dano. Isso porque o jogo, na vã tentativa de emular o lado assombrado da mansão Addams retratado nos filmes, prega peças impossíveis de se esquivar, como lustres que caem, objetos voadores e espadas que surgem do nada, mas que sempre acabam tirando um bife da barra de ernegia disponível.

Para piorar o que já é ruim, a pavorosa colisão do personagem deu a mão ao level design apelão, criando um conjunto retardamente difícil e incrivelmente frustrante, sobretudo em partes como o freezer e a árvore. E ainda por cima o jogo obriga o jogador e passar por um tremendo backtracking para poder juntar três items necessários para resgatar Pugsley (aqui ele é chamado de Feioso).


Ao invés de Castle of Illusion, a revista Video Games resolveu dar capa para The Addams Family, vejam só como esse tipo de jogo enganava

The Addams Family é graficamente e sonoramente medíocre, ficando bem abaixo nesses quesitos de um monte de jogos previamente lançados para NES, mesmo sendo um jogo de 1991 (mas foi lançado em 1992). Ainda sim, esses detalhes não impediram o jogo se ser portado para um batalhão de outras plataformas. Afinal, se é pra enganar, por que não enganar o maior número de jogadores,certo? Pelo menos era assim que a Ocean parecia pensar, talvez por isso que ela competia tanto com a Acclaim pelo título de pior publisher do NES.

Até o próximo post, amigos.

AvcF – Loading Time.

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