Bad Trip: Tales of Symphonia – Dawn of the new world (Nintendo Wii)

Saudações aos curiosos.

Em uma inédita (e espero duradoura) colaboração, um dos leitores ilustres desse estimado blog, o George Sadat, dá seu devido parecer sobre o joguete do título. Aproveitem.

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Em primeiro lugar quero deixar bem claro que este que vos escreve era fã dessa série até conhecer essa desgraça em forma de game intitulada Tales of Symphonia – Dawn of the new world.

Vamos a mais uma multilação de game pessoal! Quem jogou o Tales original para SNES sabe o quanto esse game foi espetacular em sua época, leia-se: ”Uau! Um game em cartucho com uma abertura cantada, os personagens falam pelos cotovelos” e os gráficos eram demais e todo aquele blá blá blá de sempre diziam que ele era demais, e realmente era. Nosso glorioso AvcF comentou em outro post sobre o Tales do GameCube o qual apesar de seus pontos baixos não deixava de ser um excelente game, pois possuia mais qualidades do que defeitos. Pois bem vamos ao condenado… Para começo de história essa tragé.. digo game, foi lançado como um ”Cala a boca seus pidões” dos fãs que amaram a versão do Cube, isso não seria ruim se este troço fosse digno sequer de ser ”esculachado”. Para se entender melhor o que quero dizer pense no melhor game que você considera que já jogou na sua vida… pensou? Agora retire tudo o que fez dele um game ”perfeito” em sua lembrança. Feito? Pois foi isso mesmo o que a Namco fez com a série, misturou tudo de ruim e sem graça que eles tinham e vomitaram esse jogo lixoso nos esperançosos donos de Wii (eu me incluo na lista) graças ao meu bom Deus eu apenas peguei emprestado essa bomba e desperdicei de 35 à 40 horas de minha vida para terminá-lo praticamente à força, numa esperança Sega, digo, cega de que algo bom fosse acontecer a qualquer momento, o que obviamente não ocorreu.

A frase: ”Algo ruim sempre pode ficar pior” nunca teve tanta utilidade como agora, o mapa do game que antes (versão gamecube) eram em 3-D com movimentação livre e totalmente interativo agora se resumiam a um mapa simplório e que apenas mostrava o seu próximo destino (primeiro retrocesso detectado), os gráficos do game não eram de todo ruim, eram na verdade lamentáveis tendo em vista que fizeram apenas um recapeamento de algumas cidades e lugares do game anterior muito aquém das capacidades gráficas do Wii diga-se de passagem, a diferença na qualidade do game (em comparação com a versão do Cube) nota-se em diversos momentos e de diversas formas, começando pelo design dos cenários fracos e sem o menor charme ou algo que chame a atenção. A progressão do jogo é tão lenta que daria desgosto até mesmo a uma lesma andando de ré! A única coisa que ele é rico é de textos enormes sem graça e clichês, fora os ”flashbacks” que se repetem à exaustão ao ponto de você rezar para não se deparar com mais um, isso somando-se ao fato que não é possível usar nem um simples ”skip” nessas horas de agonia.

O personagem principal lembra o Sora de Kingdom of Hearts na aparência, com foco na aparência. Emil é o nome da vez, um ridículo, pois ele nada mais é do que um debilóide desmemoriado com crises agudas de raivinha, ui! E isso não é nada se comparado com a dublagem mais tosca que já vi no mundo dos games desde a superação com o Top do momento: Arc Rise Fantasia; um troço sem emoção e patético mesmo, salvo uma meia dúzia de piadas xexelentas que um gato/puma ou seja lá o que for aquilo chamado Tenebrae falava.


Dublagem digna de livro didático de cursinho de inglês

Voltamos à parte sonora! Nesse quesito a Namco sempre mandou bem, até antes dessa praga em forma de jogo. Fazer um remix é uma coisa, agora pegar as mesmas músicas da versão do Cube e torná-las insossas foi inédito para mim, Motoi Sakuraba que me perdoe, mas depois de ouvir pérolas compostas por ele em Baten Kaitos:Origins esse game no mínimo é a ovelha negra de suas músicas. Gameplay? Aah! O gameplay… essa parte é na melhor das hipóteses vergonhosa, uma mistura de um monte de comandos mal executados e complicados com umas partes de pescaria ridículas com movimentos ”intuitivos” (como puxar o controle como uma vara de pesca) e tão sem graça quanto todo o game.

E enredo tem? Tem sim senhor! Mas só se for na @#-I-!* do doente mental que escreveu a história mais podre e sacal que já tive o desgosto de ver em toda a minha vida. Uma das coisas que mais me prendia a atenção no Tales do Cube era a história, tinha reviravoltas, traição, compaixão, amor, sacrifício, revelações, batalhas e fatos épicos e emocionantes muito bem produzidos inclusive com diversas animações estilo Anime e cenas em CG de alta qualidade e o que temos na versão Wii? Preguiça meus amigos muita preguiça e incompetência, acho que eles pensaram assim: ”Quer saber? Só com o nome Tales já vai vender mesmo, vamos fazer um joguete meia-boca e empurrar goela abaixo” Na única cena animada no game inteiro, a abertura antes do ”press a+b” outrora ”press start” faz você pensar que vai jogar um jogaço, é linda, épica, com batalhas furiosas e o caos dominando o mundo e tudo mais.

Pena que fiquei o game inteiro esperando sentir isso à toa, propaganda enganosa das brabas! Resumindo: Um mongolóide que passa o jogo inteiro tendo crises de auto-existência com um enredo trash + músicas reaproveitadas+um sistema de batalha fail (pior que ainda entraram numa modinha pseudo-pokèmon de coletar uns monstros e evoluir com comida?!!) = Tales of Symphonia – Dawn of the new world.

Fica aqui registrado o meu desabafo não só como gamer mas como ex fã da série. Recomendo fervorosamente manterem distância desse game como se fosse uma doença contagiosa, pois nem cura para ele existe.

George Sadat Figueiredo – especialmente para o Loading Time.

11 thoughts on “Bad Trip: Tales of Symphonia – Dawn of the new world (Nintendo Wii)

  1. Bom Review!

    Mas a pior dublagem que existe não é essa aí nem de longe, perto das tosqueiras que eu já ouvi. Procure por Chaos Wars no Youtube pra você ver do que eu estou falando.

  2. @Edwazah o.O” Acho que houve um pequeno equívoco da parte do Avcf talvez pelo sobrenome ser parecido rsrs descobri ontem o blog do meu quase chará Sabat! Gostei do blog dele também! Mas os créditos do texto são meus mesmo, do fiel leitor George Sadat. Acho que uma parceria Sabat & Sadat soaria legal! Se bem que o nosso caro Avcf veio primeiro… e eu o estimo muito como fã desse blog que me ajuda a ficar bem informado e me tornar + crítico com relação ao mundo dos games!

    Comentário do AvcF: foi confusão minha mesmo, já até corrigi o texto antes de qualquer eventual confusão.

  3. Eu sempre lia GEORGE SAGAT

    Muay Thai rulezzzz

    Vou escrever uns textos sobre uns clássicos do amado 64 e do SNES, alguma chance AvcF?

  4. Rachei o bico vendo o George Sadat destilar o ódio dele! 😀 😀 😀

    Aê George, daqui a pouco entro no seu blog pra opinar sobre o Sonic 4.

  5. @Trouble Man AHUAHUAH Pior que fiquei com + pena do que ódio pois eu amava a série =/ adoraria que vc entrasse no meu blog, mas para isso eu teria que ter um kkkk E Sonic 4 eu comprei e superou minhas expectativas, se bem que elas não eram tão altas assim… eu pensava que iria odiar o sitema de ataque semi-automático, acabei ficando viciado e quando eu jogo os antigos que não tem mira fico querendo dar esse ataque ahuahauha No mais foi um prazer escrever/destilar para o meu blog preferido!

  6. joguei mais de 40 horas antes de abandonar

    Achei a historia até interessante (a do GC nao era grande coisa também) só larguei mesmo por que enjoo de rpgs naturalmente… poucos os que zerei.

    Mas realmente é um jogo baixo-orçamento… recomendo mesmo o ótimo Arc Rise Fantasia (se puderem peguem a versao pirateada que mantém a dublagem original) que é melhor que aquela bosta linear e automatizada do FFXIII

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