Bad Trip: ECW Hardcore Revolution (Nintendo 64/Playstation)

Saudações aos apáticos.

E hoje temos o post preferido da família brasileira. E esse é dos bem “trashs”, pois falo de um dos piores games de luta que joguei na geração retrasada. Tirem as crianças da sala e vamo que vamo.

A quinta geração de video games foi bem deprimente no que diz respeito a games de luta 3d. Acho que talvez à exceção de Soul Edge e Super Smash Bros, não teve nada nada que prestasse (tá, Tekken 3 era razoável e olhe lá). E entre as porcarias “luto-gamísticas” daqueles tempos, seguramente os jogos de luta livre têm um lugar de destaque dentro da lata de lixo metafórica onde a xepa do Playstation e Nintendo 64 foram parar. Era meio engraçado até, quando me lembro de sempre ao abrir uma revista de games dos anos noventa encontrar lá pelo menos um ou dois famigerados games de wrestling por edição. Era incrível também como esses jogos pareciam toscos e patéticos mesmo naquelas fotinhas de revista, não importando que versão ou console que fossem.

Da metade da década de noventa para frente houve uma verdadeira avalanche desses joguetes, isso porque chegou-se a ter três federações existindo simultâneamente – WWE, WCW e ECW – e aí era aquele esquema: dá-lhe joguinho licenciado sem vergonha para rechear as prateleiras das lojas e locadoras. Entre as três federações, a ECW era a seguramente a mais trash e tosca, e provavelmente seus jogos seguiam a mesma lógica (não posso afirmar com certeza, pois não me lembro se joguei algum jogo da WCW). E, sim amguinhos, advinhem quem era a responsável pelos jogos da ECW. Darei um pacote de balas Juquinha e um engradado de Guaraná Simba para o gênio que advinhar essa. SÓ PARA VARIAR, TINHA QUE SER A ACCLAIM.


Professor Girafales, espantado em saber como uma produtora conseguiu fazer tantos games ruins.

Voltando ao game em si, ECW Hardcore Revolution era trash que só. O plantel de bêbados, ex-detentos e arruaceiros lutadores era formado por um bando de toscos desconhecidos. Para fazer alguma justiça, apenas Rob Van Dam e Tommy Dreamer eram um pouquinho melhores, e chegaram a fazer parte da WWE algum tempo depois que esse jogo foi lançado. Mas nem isso ajuda muito, pois se por um lado RVD (não confundir com aquela trolha musical made in mexico que surgiu há uns anos atrás) era bom lutador, Dreamer foi um símbolo da ruindade-tosqueira da ECW. Isso porque ou ele era um jobber(aquele tipo de lutador que sempre entra para perder) de marca maior, ou protagonizava umas coisas grotescas como essas:


Se tivesse isso nos jogos, certamente teríamos faniquitos no congresso americano

Ah é, o jogo? Bem, trata-se de um produto horroroso, com apresentação, gráficos, sons, e gameplay medonhos. Os lutadores pareciam amontoados de polígonos cujo conjunto parecia alguma coisa como uma gelatina Royal lóqui de dorgas.

Jogar essa porcaria não foi problema, uma vez que foi um daqueles eternos piratinhas escrito com caneta de retroprojetor que joguei no Prey 1 de um dos meus amigos da época. Devo ter jogado uma ou duas horas, criado um pateta bizarro no create a wrestler da vida que esses joguetes costumavam ter, e depois partido para alguma coisa melhor. Ou não.

Não se dizer se ECW Hardcore Revolution foi o pior game de luta livre daquela época, mas certamente devia estar bem no páreo. Seja como for, esse jogo refletia a qualidade e a natureza dos shows quebra-barraco, pardieiro-like da ECW. Alguns anos depois, essa federação foi comprada pela WWE, tornando-se uma submarca da mesma, até ser extinta em fevereiro desse ano. Mais ou menos o que aconteceu com os games de luta livre, cuja qualidade melhorou sensivelmente após ser produzida (a maioria dos jogos pelo menos) pela produtora japonesa Yuke, e distribuída e promovida pela THQ.

Vou ficando por aqui. Até o próximo post.

André V.C Franco/AvcF – Loading Time.

5 thoughts on “Bad Trip: ECW Hardcore Revolution (Nintendo 64/Playstation)

  1. Acrescentando: “A quinta geração de video games foi bem deprimente no que diz respeito a PRATICAMENTE TUDO ” (com uma ou outra rara exceção). E quanto à jogos de luta 3-D na 5ª geração, tinha o Virtua Fighter 2 (que pra mim e mais um punhado de gente é legal), o Fighting Vipers (além do crossover Fighters Megamix, que quebrava um galho até) e, em menor escala, o primeiro Dead Or Alive. A Sega ainda tinha o Zen Nihon Pro Wrestling featuring Virtua (um jogo de wrestling que só saiu no Japão para o Sega Saturn, que tinha 2 lutadores extraídos do Virtua Fighter no elenco – Wolf Hawkfield e Jeffry McWild) além do Virtua Fighter 3 (o melhor da série, na minha opinião, se bem que não joguei do 4 em diante) – mas esse já era praticamente da 6ª geração. Iso além da Capcom com sua série de Arcades Muscle Bomber (Slam Masters nos EUA, que saiu pra SNES e Mega Drive, inclusive), que também era bem legal (mas esse era um pouquinho mais da 4ª geração do que da 5ª), que se passava no mesmo universo fictício de Final Fight e Street Fighter.

    Me lembro de um desses Wrestling pra N64 (acho que tinha uma versão PSOne também), um desses WCW, sei lá o quê (da Acclaim também, creio), que conseguia ser AINDA MAIS medonho que esse ECW Hardcore Revolution (se bem que tão tudo em casa também…). na verdade, esse gênero nunca foi lá aquelas coisas, vai (meio que “nasceu cagado”). Mas confesso que esse golpe na xoxota que aparece no vídeo deu até vontade de “fazer em casa” 😀 😀 😀 .

    Acho que até o (agora eu vou desenterrar gostoso, pessoal) Astral Bout pro Super Famicom é melhor que esses da Acclaim. 😉

  2. ÚNICO jogo de luta livre que me agradou até hoje foi o WWE: wrestlemania, que jogava no snes. Lutadores digitalizados, a la mortal kombat (acclaim tb, o que podia se esperar!?), mas era bom de jogar…. não era aquela coisa lenta, forçada, que chega a dar náuseas de tão ruim que são esses jogos.
    Um video do game, caso não conheçam.
    http://www.youtube.com/watch?v=Lcdzf-7Pw2Y

    Mais um ótimo post, Parabéns!

  3. AVCF DISSE:”RVD (não confundir com aquela trolha musical made in mexico que surgiu há uns anos atrás)”

    e eu achei q vc ia parar de zuar eles…

    voltando ao assunto,q joguinho ruim
    pior q isso ae é falar q tekken 3 era ruim,tirando o balanceamento era muito bom.
    tanto q muita gnt começou a gostar e ODIAR a capoieira depois de jogar contra o eddy! hsuioAHUISOHaos

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