Artigo traduzido: Por que os gamers ainda jogam Pokémon?

Saudações aos treinadores.

Segue abaixo uma tradução que fiz de um artigo muito legal da 1up, que enumera e discute as razões dos games da franquia Pokémon fazerem tanto sucesso e ainda serem populares mesmo depois de mais de dez anos após o lançamento de Red e Blue. Gosto bastante da série e até escrevi um artigo sobre ela, então o texto do 1up capturou minha atenção a ponto de me motivar a traduzí-lo. Aproveitem bem, pois esse é longo e eu decidi fazer tudo em uma parte só. Até, amiguinhos.

Por que os gamers ainda jogam Pokémon?

O designer Masuda e o diretor Kawachimaru fazem algumas reflexões sobre os motivos da força de Pokémon não mostrar sinais de que irá parar.

Por Justin Haywald

O poder da marca Pokémon é impossível de negar: as estimativas de vendas mundiais passam dos 186 milhões de unidades, passando por toda a série, e individualmente cada jogo assegurou uma posição no desejado top 20 dos vinte games mais vendidos de todos os tempos (com o mais novo, Diamond/Pearl com 16.48 milhões após apenas dois anos do lançamento mundial). De fato, a marca parece apenas estar se fortalecendo — Diamond/Pearl já vendeu mais unidades que todos as interações da série, exceto o original Red/Blue. Mas por que as pessoas ainda jogam? Como Pokémon escapou da destruição tanto pela queda de interesse quanto da saturação que deixou muitos de seus pares infantis para trás?

Junichi Masuda, membro do time de design de Pokémon desde o primeiro título (assim como diretor do quadro da Game Freak), que carrega tarefas desde diretor de enredo até compositor musical, obviamente conhece o jogo muito bem. Quando perguntado sobre o que ele pensa ser a principal razão pela qual as pessoas ainda aguardam anciosamente pelo lançamento de um novo Pokémon, sua resposta imediata, é que foi pela sua simplicidade. ” os jogos Pokémon não focam apenas nos jogadores hardcore; eles são acessíveis para todos. Qualquer um pode pegar e jogar sem se sentir excluído, marginalizado. Quando você dedica muita atenção apenas sobre o hardcore, as coisas ficam complicadas.” E obviamente, com seus gráficos fofos, seu jeito de cartoon de sábado de manhã, sua narrativa simplificada, o jogo é voltado para uma audiência mais jovem.Mas se mantém tão popular entre os adultos, e as razões para isso vem do poderoso game design.

A ciência da coleção

Os jogos Pokémon têm alguma criaturas de design fofo e original, mas além de suas formas macias ( e os monstros grosseiros que muitos deles se transformam) e há muitos deles – 493 na última contagem. E, como com qualquer jogo repetitivo que oferece recompensas diretamente relacionadas ao tempo gasto no jogo (veja também World of Warcraft e Final Fantasy Crystal Chronicles: Echoes of Time) a capacidade para um treinamento sem fim visando aumentar o nível dos personagens mesmo que por uma fração, é quase um desejo primário, particularmente bem adaptado para os jogos. Para os celcionadores casuais, pode ser suficiente para atravessar a história com os requerimentos mínimos. Mas incontáveis horas podem ser gastas explorando o mundo do jogo para encontrar o mais raro dos pokémons – e mesmo mais tempo gasto os evoluindo. De fora, pode parecer uma terefa cansativa, mas há uma grande quantidade de conforto na familiaridade e repetição.

E diferente de outros jogos que fazem o jogador começar em cada nova interação, Pokémon (com uma exceção) permite aos jogadores transferir suas criaturas previamente capturadas para o próximo título na série. A axceção ocorreu quando o Game Boy foi substituído pelo Game Boy Advance – os cartuchos originais eram incompatíveis com o novo sistema, não deixando um jeito para transferir Pokémons entre Red/Blue e Gold/Silver para o Ruby/Saphire. Mas a Game Freak corrigiu esse erro com a quarta geração de títulos do DS: Diamond/Pearl forneceu a capacidade de transferir Pokémons do GBA para o DS. Mas é todo um novo meio de manter a audiência; quando os jogadores sentem que os Pokémons que eles capturaram hoje ainda serão viáveis como membros do time na próxima interação de games, isso encoraja a lealdade para com a franquia.

Mas o que poderia ser um aumento artificial do número de cópias de Pokémon vendidas, é que enquanto as duas versões que saem a cada geração seguem exatamente a mesma história, certos pokémons são raros ou não existentes em um título, enquanto abundantes em outro. Para verdadeiramente pegar todos da míriade dos games pokémon, os jogadores devem conectar-se com um amigo que tenha o jogo correspondente e trocar as criaturas (ou comprar tanto Diamond e Pearl, e então jogar cada um múltiplas vezes). De acordo com Masuda, não se trata apenas de um videogame, é uma experiência compartilhada – e para essa experiência, ” é importante comunicar o que você quer, dizer quando você quer trocar ou lutar.”

Além do treinamento

O diretor de Pokémon Platinum, Takeshi Kawachimaru, descreve o universo Pokémon como “um mundo muito específico, mas eu acho que os jogadores se sentem confortáveis nesse mundo. E eles continuam voltando, porque a sensação é de conforto.” E a razão para isso é que a Game Freak proporciona motivos para estar lá além do game principal. Ruby/Saphire introduziu para a franquia as casuais e amigáveis gincanas Pokémon – um evento no estilo dos concursos de cachorros, para os pokémons. Todos os movimentos típicos de batalha têm suas descrições alternativas que afetam os juízes de maneiras únicas, e há conjuntos de insignías separados e premios que só podem ser obtidos através de criação metódica e entrar nas competições.

Mas existe outro jogo em progresso no interior de Pokémon, feito para repercutir com a audiência casual: o relacionamento do jogador com seus pokémons. E nenhum jogo fez essa conexão tão aparente quanto Pokémon Yellow. Após o tremendo sucesso do desenho da TV e um incrível amor dos telespectadores por um certo rato elétrico, os desenvolvedores mudaram o pokémon inicial para o Pikachu e permitiram ao jogador falar com ele durante a aventura. Se ele fosse mantido vivo e bem treinado, eele expressava sua felicidade toda vez que o jogador interagia com ele, enquanto maus treinadores que repetidamente deixavam o rato desmaiar ou o mantinham confinado dentro da pokébola, recebiam mensagens de infelicidade de sua companhia. A mecânica de jogo seguiu em frente pelo resto da série. Apesar de que não era tão obvio até Diamond/Pearl – que adicionou acessórios específicos que permitem ao jogador manter o olho sobre os níveis de felicidade de seus pokémons.

O jogo escondido em Pokémon

Mas debaixo daquela cobertura açucarada de Pokémon, é um jogo que por toda a sua facilidade e jogabilidade, ainda recompensa jogadores dedicados e extremamente hardcores. Sites inteiros são dedicados a rastrear os valores de Esforço (EV) e valores individuais (IV). É apenas explorado por uma pequena base de fans, mas sites listados são dedicados a criação, cultivo, e lutadores estimulados que possuem os mais altos status possíveis. E, desde que eles não são rastreados de nenhum modo visível, jogadores regulares não possuem conhecimento sobre eles.

Esses dados específicos são detalhados demais para descrevê-los (mas o MyCheats tem um guia útil bem aqui). Mas o ponto é que os hardcores são recompensados pela cuidadosa manipulação de status. Enquanto as mecânicas centrais foram adicionadas para assegurar que cada pokémon evolua com status individuais, é natural que alguns jogadores tenham aprendido as regras para manipular esses valores escondidos. E para o bem ou para o mal, forneceu um jogo que supre uma maior audiência por isso. Se todo o sistema verdadeiramente fosse randomicamente gerado, não haveria a cultura dos manipuladores matemáticos focados em “tunar” seus bichos. E, assim como no mundo da computação e tecnologia de alto nível e seus tão logo entusiatas, essas pessoas criam a mantém o barulho em volta da fonte de suas obsessões.

Olhando para o futuro

Sem ter tido uma evolução substancial (os gráficos do jogo foi pouco melhorados, e o plantel disponível, embora similar, cresce a cada novo jogo), Pokémon foi hábil em criar um império portátil, mas muito dos créditos vai para a Nintendo. Tirando seu poder de marketing absoluto, a Nintendo administra um conjunto de personagens de sucesso que não variam muito, mas cuja estrutura básica é convincente o suficiente para que as pessoas sempre voltem por mais. Não importa quantos títulos esportivos Mario faça, nem suas idas para os RPGs, o encanador italiano é todo sobre plataforma, salvar a princesa e derrotar o Bowser. Link é um espadachim hyruliano que deve resgatar Zelda. E Pokémon é um RPG centrado em colecionar, batalhar e fazer trocas.

Se Pokémon continuar em sua direção atual, não haverá outro grande lançamento na franquia até um novo portátil chegar ao mercado, e quando perguntado sobre isso, Masuda disse que o equipe de design está sempre procurando por desafios, mas “o sistema portátil é o mais adequado para Pokémon.” O DS com suas 27 milhões de unidades vendidas, oferece uma base instalada incrivelmente diversificada, e não há outra franquia casual ou hardcore por aí (tirando o Mario da Nintendo) com uma historia tão forte. Massuda complementou que, assim como uma teleconferencia não é envolvente como um encontro cara a cara, o charme de Pokémon é que é melhor aproveitado no contato interpessoal. Mesmo se a série se expandir pela internet, a experiência central permanecerá no contato cara a cara. Talvez não haja um MMO ou um grande lançamento para um console de mesa no futuro próximo, mas enquanto a Nintendo e a Game Freak manterem a parceria, os jogos Pokémon continuarão no horizonte, no topo das listas de vendas, ainda por um longo período.

20 thoughts on “Artigo traduzido: Por que os gamers ainda jogam Pokémon?

  1. Então você deve odiar RPGs em geral, pois o processo de “upar” os pokémons (acho que em inglês o termo é grinding) é igualzinho a qualquer outro rpg, somente trocando os monstrinhos por guerreiros, magos ou amazonas.

  2. Concordo com o texto, realmente é um jogo simples que se adapta a qualquer tipo de jogador. Particularmente gosto mais dos antigos justamente por serem bem simples, mas de longe acho os jogos atuais ruins ou algo do tipo. A única coisa que eu acho que deviam melhorar um pouco é a animação das batalhas. Atualmente me divirto dentro do balaio em meio ao transito, emulando em meu celular a versão amarela.

  3. Eu sempre fui fã de Pokemon. é muito divertido e com batalhas que se equiparam com o xadrez em nivel de estrategia. Eu gostava muito de jogar no N64 o Pokemon Stadium 1 e 2. Eu ficava horas jogando huahua.

  4. acho q a diferença entre upar pokemons e char de FF eh bem obvia na verdade…primeiro q vc estah upando um personagem q eh seu representante direto no mundo (FF), enqunto pokemom vc upa bixos q te ajudam, mas seu personagem msm vc naum mexe…e segundo e mais importante, em FF normalmente vc upa 4 personagens, pokemons como a propria materia disse tem mais de 400, e cada pokemom novo vc tem q recomeçar o processo se quiser q ele seja forte…por isso concordo com o Nitro e sempre q eu começo a jogar pokemom vou ficando numa preguiça de uppar os novos e entaum paro de jogar…mas eh bem divertido ( soh naum me atrai por MTO tempo, igual certas pessoas q passam centenas de horas jogando…)

  5. Allan disse:
    “por isso concordo com o Nitro e sempre q eu começo a jogar pokemom vou ficando numa preguiça de uppar os novos e entaum paro de jogar…mas eh bem divertido ( soh naum me atrai por MTO tempo, igual certas pessoas q passam centenas de horas jogando…)”

    nao passo horas e horas upando,mas q e mais divertido upar no FF12 e suas quest do q upar so nas batalhas de pokemon,isso eu tenho certeza!

    alem de q ff tem uma historia!!!! 🙂

  6. Por mais bocó que seja, Pokémon também tem uma. E vocês escrevem de uma maneira como se fossemos obrigados a treinar TODAS as criaturas que capturamos pelo caminho. Ou acham que alguém realmente perde tempo com tranqueiras do nível de Rattata/Raticate, Zubat/Golbat, Butterfree, Beedrill, Minun, Pusle, Castform, Ditto, Lickitung, Zigzagoon/Linoone, Loudred/Exploud e etc?

  7. tem gente q faz isso
    e conheço um cara chamado NitroxxBR q tinha a mania de querer treinar todos,dae o tongo paro de jogar por causa disso,tinha pego ate o PIKAAAAAAAAAACHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
    UUUUUUUUUUUUU

  8. Eu já disse coisas parecidas certa vez. Pokémon é tão abrangente por agradar “casuais/hardcores” e por causa da portabilidade.

    “Ou acham que alguém realmente perde tempo com tranqueiras do nível de (…) Zubat/Golbat”
    Bicho. Eu perdi cerca de 1hora e meia treinando este poké, porque sua evolução final, Crobat, é um ótimo Sleep Inducer e é considerado OU em vários Tiers. =D

  9. Crobat de Sleep inducer? O Hypno faz isso com muito mais eficiência e elegância, isso sem contar que ele derruba um crobat com um tapa e meio. Com o Hip também daria para treiná-lo e ter um tanque de boa qualidade, já o Crobat…

  10. Hypno? Tá zuando né. Crobat tem base speed de 130 e ainda tem golpe BUG que é superefetivo contra Hypno. Nunca vi usarem o Hypno competitivamente, até porque o único stats bom dele é Sp. Defense.
    Acho que você ainda está com a cabeça na 3ª geração. =D

  11. Nunca usaram o Hypno pra competição? Não é só sp. def, a def e hp dele também são bons, além do attck que não é tão desprezível assim (e ele tem o headbutt que pode causar flinch).

    Mas sim, estou completamente ultrapassado. Sei disso, nem me importei em ficar explorando aquela disgraça do Saphire, o larguei assim que peguei as insignias e venci o Elite Four. Mas assim que puder, comprarei o Platinum, vamos ver como me saio nesse.

  12. Mas eu não disse que não treino pokémon, até porque eu tenha mais de 200 horas no Silver e mais ou menos por aí no Yellow. O que eu falei é que tem nego que faz questão de treinar TODOS os pokes, até os mais inúteis e desprezíveis.

  13. O segredo de “Pokémon” é a maneira com que Junichi Masuda e Satoshi Tajiri incrementa e modifica a série. São vários spin-offs, filmes, anime e o RPG clássico que acabam sempre buscando cada vez mais público. Igual a Pokémon, sua magia, sua diversão e entretenimento não existe. Acho que apenas “Mario” conseguiu tal feito.

  14. Devo admitir que não sou a pessoa mais adequada para debater sobre estatégias de batalha em Pokémon e, nossa, cara. Acho que a última vez que liguei o N64 deve ter meio século e olhe lá, arredondei para menos. Sobre Hypno x Crobat, na época do Stadium 1, que até então não fora lançado a sua terceira evolução, sempre achei o Hypno melhor em todos os aspectos. Ataques do tipo BUG geralmente não arrancam tanto (mesmo effective) como arrancaria um headbutt, não contando o direito ao flinch. No Stadium 2, não senti muita diferença da segunda para a tereira evolução. Stats à parte, em battle, Crobat se mantém na lanterna como sleep inducer devido à baixa def e dupla desvantagem em relação ao seu tipo. Se da Sapphire (coisa que eu não procurei me informar até o momento) Crobat tiver ganho um terceiro tipo (BUG/FLY/PSY), não seria muito interessante formar toda uma análise sobre.

  15. é mti loko vc ver seus pokemon aprendendo novos golpes e evoluindo com o passar dos levels

    Zerei os jogos – Pokémon Ruby, Pokémon Diamond, Pokémon leaf green, Pokémon fire ref

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