Semana Game Boy: Cool Vibrations – Duck Tales 2 (Game Boy)

Saudações, vossas excelências.

E continuamos com a semana dedicada ao Game Boy. Depois de escrever sobre quatro atrocidades em um único texto, mudarei de ares e descreverei um game que fez parte de meu passado nos games e sempre me trás boas lembranças: Duck Tales 2, para Game Boy.

Admito um certo tom de saudosismo neste texto, pois quando falo desse jogo, acabo por conseqüência falando de uma fase muito boa em que a Capcom fez vários games excelentes baseados nas franquias da Disney. Não foram games clássicos, nem revolucionários, mas parte deles eram jogos acima da média tecnicamente e muito divertidos. Poderia citar Chip n´ Dale: Rescue Rangers 1 e 2, Aladdin, Darkwing Duck, The Little Mermaid (podem rir, mas o jogo é bom), Goof Troop, The Lion King, entre outros que eventualmente me escapam da memória. E nessa leva joguei o bacaníssimo Duck Tales 2.

Levemente baseado no seriado homônimo estrelado pelo carismático milionário Tio Patinhas, Duck Tales 2 continua a premissa do primeiro game, com o jogador na pele (ou melhor, penas) do Tio Patinhas buscando tesouros em lugares exóticos, com o objetivo de ser o pato mais rico do mundo (como se já não fosse, mas enfim). Embora não tivessem mudanças drásticas em relação ao primeiro, considero Duck Tales 2 superior por ter gráficos, sons e principalmente design de fases melhor que seu antecessor. Pouco tempo após a versão NES, a Capcom não perdeu tempo e converteu o jogo para o Game Boy, assim como já tinha feito com o primeiro Duck Tales.

A conversão ficou muito boa, a Capcom foi hábil em manter o padrão do NES, mesmo com a tela menor e sem cores do Game Boy. Todos os detalhes gráficos estão lá, sem perdas, além dos elementos de fase. As músicas e os sons também foram mantidos sem alterações ou adaptações, a mesma experiência do console de mesa estava no portátil, o que era algo muito legal para quando o jogo foi lançado, em 1993. Talvez o único pecado seja uma certa instablidade da taxa de quadros por segundo, que cai em alguns momentos, mas nada que possa atrapalhar o jogo ou justificar uma vida perdida, por exemplo.

Assim como os games da série Mega Man, Duck Tales 2 dava ao jogador a opção de escolher que fase começar, além de terminá-las em qualquer ordem. O diferencial desse jogo para outros do mesmo gênero, é que as fases eram lotadas de cantos escondidos e passagens secretas muito bem distribuídas pelo excelente level design do jogo. Os estágios tinham temas variados, com castelos mal assombrados, uma pirâmide, um navio pirata afundado, etc. Além disso, cada uma das cinco fases escondia um pedaço de mapa, que remontado abria acesso a uma fase secreta, que por sua vez liberava o acesso ao verdadeiro final do jogo.

O Game Boy recebeu um mar de ports do NES, muitos deles conversões descartáveis e/ou de games descartáveis, mas Duck Tales 2 se superava nesse mar de mediocridade, levando para o Game Boy um grande game do NES. É um título muito bom, simpático e que carregava bem a responsabilidade de estampar personagens da Disney. Como falei no começo do texto, tenho um certo carinho por esse jogo, pois me remete aquela fase em que os games da Disney quase sempre eram sinônimo de qualidade, seja em que plataforma fosse. Ajudar o Tio Patinhas a aumentar sua incalculável fortuna era uma tarefa que eu tinha prazer em ajudar.

Abraços e até o próximo post da semana Game Boy.

André V.C Franco/AvcF – Loading Time

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