Game Contraste: Alex Kidd in Miracle World- Sega Master System

Saudações aos gênios e parvos.

Em mais um Game Contraste do ano, desta vez finalmente falarei de um jogo do antigo Master System, o clássico eterno Alex Kidd in Miracle World. Compararei a qualidade do jogo com a sua capa. Sigam pelo link e bom texto.

No final dos anos oitenta, enquanto o NES foi o rei de sua geração, o Master System foi na melhor das hipóteses um mero coadjuvante. Além da dificuldade da Sega atrair as produtoras terceirizadas para produzir para seus consoles, provavelmente devia ter dificuldade para atrair consumidores para a sua plataforma com a coleção medonha de capas dos jogos do Master System. Em qualquer galeria de piores capas de jogos sempre tem pelo menos algumas do Master System. E em boa parte dessas galerias quase sempre a do Alex Kidd aparece ao lado do game Pro Wrestling, talvez uma das piores de todos os tempos. A grande diferença entre esses dois jogos, porém, é que Pro Wrestling é ruim por completo.

Já com Alex Kidd á história é bem diferente, felizmente. Graças a sua qualidade e diversão, AKIMW conseguiu se diferenciar no mar de clones de Super Mario que saiam as baciadas na época. O jogo era colorido, com visual cartunesco bem feito para o padrão Master System. O personagem era até carismático, com aquele jeito de desenho “SD” dos animes. A trilha sonora era bastante característica, com melodias que se não eram memoráveis eram ao menos bastante agradáveis (com destaque para a música da primeira fase).

O gameplay seguia as regras típicas dos jogos de ação e plataforma, com fases de rolagem vertical e horizontal, aquáticas e até alguns veículos como a bicicleta e uma espécie de helicóptero individual. Embora os inimigos fossem genéricos e não ofereciam nenhum desafio, isso era compensado pela level design inteligente e desafiador e pelos chefes esquisitos e divertidos que te desafiavam para animadas partidas de papel-pedra-tesoura, ou se preferirem, jo-ken-po (é assim que se escreve, né?).


Várias fases de Alex Kidd in Miracle World.

Mas voltando para a capa, que coisa lamentável que é aquele troço. Aquele grid não foi bonito em nenhuma década do século passado, quiçá de qualquer século da história humana. O capricho passou longe e sequer há um logo, só o nome do jogo escrito em uma fonte para lá de comum e sem inspiração. Mas aí que começam as coisas estranhas. O que a Sega queria com dizer com “the mega cartridge”? Se fosse uma referência a quantidade de memória do jogo, creio que não impressionaria ninguém com a quantidade pífia de megabits que esse jogo ( e qualquer jogo 8-bits) tinha. Ou era uma referência estranha o Mega Drive? Sei lá, ficou como uma informação jogada e sem sentido.

Agora, sem dúvida essa ilustrração do Alex Kidd é uma das coisas mais feias que vi em termos de desenho enquanto me conheço por gente. Sério mesmo que pagaram um desenhista para fazer isso? Uma criança de seis anos bêbada de Biotônico Fontoura faria melhor. E cobraria bem mais barato, garanto. Além do mais, por que Alex está com aquele expressão estranha com aquele olho bizarro com a pupila dilatada e sem globo ocular? E qual seria a razão (ou falta dela) para o garoto estar socando o puro nada? Até entenderia a revolta em razão da má formação congênita, em especial a a elefantíase em conjunto sindactilia nas mãos. Acho que para compensar esses problemas todos devem ter pintado o cabelo do personagem, já que na capa ele loíro e no game tem cabelo castanho. Enfim, um mal gosto só.

Ainda bem que na época em nem liguei para isso e me diverti bastante com o jogo, uma vez que meus primos tinham um Master System e um amigo que morava perto deles também. Sempre que os visitava era uma oportunidade para jogar uns títulos diferentes do que havia disponível para o NES. Alex Kidd in Miracle World foi um dos que mais curti naqueles tempos, ao lado de California Games (a versão SMS era superior a versão NES). Pena que depois de Miracle World, a série Alex Kidd despencou pelo barranco no quesito qualidade até cair no ostracismo. Apesar disso, um clássico genuíno jamais deixa ser um clássico, mesmo após tantos anos. Se vocês ainda não jogaram, experimentem no emulador ou no Virtual Console do Wii.

Abraços e até a próxima postagem.

André V.C Franco/AvcF – Loading Time.

17 thoughts on “Game Contraste: Alex Kidd in Miracle World- Sega Master System

  1. Nossa…amigo….Sonic nem sonhava em nascer!

    Ótimo jogo, apesar da música me dar calafrios.

    Muitas saudades do meu Master de primeira geração, Hang on, Safari Hunt na memória…..bons tempos…

  2. Alex,

    Você esta falando das composições em si ou da qualidade do audio?

    Eu acho por exemplo as trilhas do sonic e de street of rage sensacionais.E claro muitos jogos do super nintendo tem também ótimas trilhas.

    Esse do Alex Kidd eu considero como uma das melhores trilhas do 8 bits.

  3. No caso do Alex Kidd são ambos que me incomodam.

    Mas agora q vc falou do Sonic e do Streets of Rage…pode ter certeza que são uma das melhores músicas dos games, com certeza.

    De 8 bits fico entre Mega Man 3 e o Ninja Gaiden 3

  4. Putz, esse game tem realmente uma das capas mais medonhas que já vi na minha vida, ainda bem que a versão que eu tinha vinha na memória, se eu visse uma capa dessas jamais teria jogado esse game rsrs Já o game em si é muito bom e meio difícil também (aliás como a maioria dos games da época) Se querem ver capa estranha olha só a do game (acho que é Phalanx) do SNES um game de nave que tem na capa um velho sentado tocando um banjo, tudo haver né?! Alex kidd foi o primeiro game que zerei na minha vida!! Um clássico da época!!

  5. Eu devo ser um dos poucos que consegue curtir o do Mega Drive (Alex Kidd In The Enchanted Castle). Ele e esse Miracle World do Master System são os obrigatórios dessa franquia, pois os demais jogos da série (com exceção TALVEZ para aquele Shinobi World) não me dizem muita coisa não…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *