Coisas que podiam voltar 2: Game Duck Tales

Saudações aos bolsistas.

No post de hoje falarei sobre uma fase que fez parte da infância (e talvez adolescencia, por que não?) gamística de muita gente: os games Disney da Capcom. Esses sim eram games licenciados de verdade, davam gosto de jogar. Mais especificamente de dois clássicos da era NES: Duck Tales 1 e 2. Então apertem os cintos, que faremos uma rápida viagem pelo túnel do tempo. Aproveitem.

Não sei se já cheguei a mencionar aqui no Loading Time, mas não sou um sujeito afeito a saudosismos. Não tenho muita paciência com essas coisas de “antigamente tudo era melhor” ou “naquela época é que éramos felizes de verdade”, e por aí vai. Contudo, isso não significa que algumas coias que eram boas no passado não o possam ser hoje. Também não significa que não possa querer algumas dessas coisas de volta, certo? E falando especificamente do assunto desse texto, os games Duck Tales da Capcom, realmente é algo que gostaria muito que voltassem sob uma roupagem atual.

Bom, vamos ao que interessa. Da mesma forma como fiz com o primeiro “Coisas que podiam voltar“, farei um resumo dos games e em seguida uma proposta de como adaptá-los a realidade atual. Sem enrolações, vamos ao que interessa:

Duck Tales e Duck Tales 2

Tio Patinhas eterno. Duck Tales não só era um desenho animado SENSASEONAU, como também gerou dois excelentes games de ação para o NES (também foram portados para o GameBoy). Por um lado, creio que eu seja o único ser do planeta Terra que considera que o segundo jogo melhor que o primeiro, mas eu até entendo isso, pois Duck Tales 2 foi lançado tardiamente em 1993, portanto auge da geração SNES/Genesis (tá bom, Mega Drive). Ah sim, mantendo a tradição quando se fala de Duck Tales, começo destacando a ótima trilha sonora dos dois jogos, sintetizada pela inesquecível fase da lua, do primeiro jogo:

De resto temos dois excelentes jogos de ação com um conjunto de fases representando lugares exóticos, cada qual com um valioso tesouro a ser recolhido. O jogador tem a liberdade de jogar nas fases na ordem que preferir, além de poder voltar sempre que quiser achar mais passagens secretas ou acumular mais dinheiro. A mecânica de jogo é ágil e eficiente, como vocês podem ver nos exemplos abaixo:

Como poderia voltar

Considerando que os games Duck Tales são na essência jogos de caça ao tesouro, creio que faria bastante sentido em um virtual novo Duck Tales ser totalmente tridimensional. Tomem por base a mecânica de Mario Galaxy por exemplo, mas substituindo aquelas firulas espaciais (se bem que a fase da lua se encaixa nesse contexto, anyway) por representações de lugares como templos secretos na Amazonia, pirâmides egípcias ou ilhas perdidas. Fazendo um ajuste ágil como os games NES, Tio Patinhas e sua bengala ninja fariam miséria. Por sinal, a tridimensionalidade cairia como uma luva para representar algumas situações da eterna abertura do desenho:

Por exemplo, ficaria sensacional um estágio no fundo do mar com a utilização de um submarino projetado pelo Professor Pardal. Ou uma corrida com carrinhos de mineração à lá Donkey Kong Country? Ou uma fase que exija que Tio Patinhas resgate Huguinho, Zezinho e Luizinho? As possibilidades são muitas, certamente. Para organizar isso, no lugar dos mapas dos games 8-bits haveria um “hub”, que também abrigaria uma lojinha para o jogador comprar acessórios e items (como acontece ao final de cada fase no segundo jogo). Uma vez escolhida a fase, o Capitão Boing levaria Tio Patinhas em seu hidro-avião direto para o destino.

Outro aspecto que caberia uma expansão seriam os vilões. Nos joguetes 8-bits esse papel coube apenas ao MacMoney, mas por que não incluir outros, como os Irmãos Metralha, Maga Patalógica ou até o Mancha, em um virtual Duck Tales 3d? Se não como personagens pertecentes a uma eventual traminha, caberiam muito bem como chefes de fase. Ao menos é mais interessante do que uma múmia ou um fantasma genéricos. Ah sim, por traminha assumam algo super complexo, do tipo “Tio Patinhas tem dinheiro para c$%¨%&, mas precisa ganhar ainda mais. Por conta disso, um antigo mapa foi encontrado, e nele está a localização do super valioso tesouro blábláblá” Qualquer coisa que vá além disso é bobagem desnecessária. Outra possibilidade é cada estágio ter sua própria historieta, com vilão e tesouro próprios. Assim, quando o jogador completa o estágio, completa também a historieta dele, como se estivesse jogando um episódio do desenho animado.

Um jogo como esse também precisaria de items criativos, e como já mencionado, o Professor Pardal está aí para isso. No NES, o jogador encontrava o simpático (e meio lesado) gênio da ciência no meio das fases, ganhando alguns upgrades como a capacidade da bengala rebater objetos de metal. Esse conceito também funcionaria bem em um ambiente 3d, até porque um pouquinho de licença poética seria o suficiente para explicar como ele foi parar no meio de um navio assombrado, por exemplo. De qualquer forma, considerando que dinheiro não é problema para o protagonista, todo tipo de equipamento pode ser desenvolvido, bastanto apenas adequá-lo ao gameplay do estágio em questão. Não podemos também esquecer que Patinhas não pode ser rápido como um garoto, tampouco pode ter habilidades de um Super Mario. Sendo assim, a bengala terá importância vital para o gameplay, e sempre que necessário o Professor Pardal pode e deve torná-la capaz de levar Patinhas a lugares nunca antes alcançados por um pato.

Entonces…

Acredito que minha proposta se encaixa bem em um game de aventura e exploração em 3d, que a meu ver seria o design ideal para um game Duck Tales atual. Claro que uma proposta retrô também é possível, sendo algo mais próximo dos clássicos do NES. Eu jogaria fácil se um eventual Duck Tales 3 fosse lançado. Mas creio que um jogo dessa forma ficaria à margem de games como New Super Mario Bros e do futuro Donkey Kong Country Returns. Já um game tridimensional de aventura teria uma “luz própria”, mais ou menos como ocorre com Epic Mickey. Certo, estamos tratando de uma situação hipotética de um game hipotético, mas a mim o game 3d soa mais lógico no fim das contas.

E vocês, o que achariam de uma retorno de Duck Tales? Como seria vivenciar novamente esse clássico da Disney? Será que a molecada de hoje ficariam como esses guris desse antigo comercial?

Eu acredito que sim.

Abraços e até o próximo post.

André V.C Franco/AvcF – Loading Time.

17 thoughts on “Coisas que podiam voltar 2: Game Duck Tales

  1. @AvcF: Seria jóia, mas pra que isso tenha um impacto maior seria necessário que houvesse por parte da Disney um revival total da franquia Duck Tales (e aí já estou me referindo a um possível novo desenho animado – remake/continuação do desenho clássico – histórias em quadrinhos, CDs de música, brinquedos, merchandising extenso, etc.), como estão tentando fazer com Beavis & Butt-head (pelo menos foi o que eu vi hoje na internet…) e que o jogo seja feito pela Capcom (não sei se ela ainda possui a licença pra isso, ou se tudo fica nas mãos de uma Disney Interactive da vida, por exemplo) pela mesma equipe – ou pelo menos por boa parte dela. Eu particularmente preferiria um remake ou seqüência do Quackshot (com o Pato Donald) ou do Castle Of Illusion (do Mickey Mouse) que saíram pro sistema Sega e que conseguiam ser muito melhores que os Duck Tales pro NES. Só que isso lamentavelmente é bem mais difícil (pois se fosse fácil eu duvido e muito que a Sega já não os teria relançado, ainda que em meados de 1998 saiu um cd de Saturn que tinha ambos os jogos no mesmo cd apenas no mercado japonẽs, mas aí já é ooooutro papo!)… 🙁

    Mas o desenho doDuck Tales possuía a particularidade de prender minha atenção quando eu era criança, coisa que os demais desenhos da Disney pecam e muito por possuírem um certo “quê” de bananada. Portanto na minha opinião a franquia merece um revival sim (não só pra jogos), contanto que não façam nenhuma merda. 😉

  2. ”O promissor “Epic Mickey” sequer está perto de ser lançado, mas Warren Spector, designer e produtor da aventura, já pensa em seu próximo projeto. Em entrevista ao site da “Game Informer”, Spector comentou a vontade de produzir um título inspirado no desenho “DuckTales”, também da Disney. “Eu quero fazer um jogo com ‘DuckTales’. Não consigo convencer ninguém na Disney para me deixar fazer. Como isso é possível?”, questionou durante a entrevista. ”

    Poxa Disney, venderia com certeza, ainda mais nas mão do Warren Spector.

    Comentário do AvcF: não sabia dessa entrevista, mas também não me surpreende esse desinteresse por parte da Disney, já que há anos ela tem renegado seu passado. Quanto ao Epic Mickey, o Spector tem currículo de peso e a produção mostra capricho, mas eu ainda não consegui gostar tanto do que vi do jogo. Mas é fato que tem potencial para ser grande game.

  3. confesso que quando vc começou a falar em “tridimensionalizar” o classico que é o ducktales do nes eu parei de ler. mas esse jogo eh muito bom mesmo, tenho o ducktales 2 até hoje lá em casa em algum lugar. eu era apaixonado por esse jogo… abraço!

    Comentário do AvcF: qual o problema com o tridimensionalizar? Se formos para para pensar nas propostas de jogo, Duck Tales combina bem mais com a mecânica dos Marios 3d do que os próprios. Quanto a DT2, eu tenho aqui o cartuchinho do GameBoy, muito bem conservado e já o terminei algumas vezes no GBA. Bom demais.

  4. Dinheiro não é problema para o Patinhas. O problema é que ele não gasta. Eu sempre imaginei algo de Ducktales em um outro jogo que é o Kingdom Hearts, mas infelizmente aquilo foi para um caminho contrário do que eu gostaria, ficando uma coisa mais emo do que mágica.

  5. eu lembro q jogava numa fase com agua…acho q era amazonia
    e lembro q sempre q caia na agua..morria

    sera q e o mesmo jogo?
    com 6 anos e dificil lembrar de certos detalhes!

  6. Nunca joguei Duck tales, mas me lembro dos games do Mega e do Master system que eram excelentes, por exemplo Quack shot, Castle of illusion que eu adorava d+ os do master não recordo os nomes mas todos eram legais d+ também, já os do SNES eu achava meio sem graça apesar deles serem bons não superavem as versões do Mega nem do Master.

    Comentário do AvcF: Quakshot era mesmo muito legal, aliás esse jogo foi comentado em 2008 aqui no Loading Time. Sobre o Castle of Illusion, o Trouble Man já tinha falado dele, mas nunca achei que fosse tudo isso…mas faz muito tempo, nem lembro mais do jogo, não posso falar dele. Mas por outro lado, você como um RETRO GAMER tem o DEVER CÍVICO de jogar os dois Duck Tales. E tenho dito.

  7. E alguém aí já jogou aquele Goin’ “Qu@ckers”! (Qu@ck “Att@ck”?*! na Europa e Disney’s Donald Duck AdV@ncE!*# na versão Game Boy Advance) do Pato Donald, que saiu pra Dreamcast, GameCube, Game Boy Color, Playstation e PC? Dizem que é OK, mas muita gente diz que é um “Rayman 2 de liquidação”.
    Pergunto isso pois numa dessas um novo Duck Tales acabaria sendo parecido com isso.

    Comentário do AvcF: esse Going Quakers era para o Nintendo 64 que eu me lembre, pois foi feito com a mesma engine do Rayman 2. Sim, é um Rayman de liquidação, e o joguete passou bem batido na época. Mas um novo Duck Tales seria bem diferente daquilo, pois como diz a gíria do futebol, a Ubisoft não serve para amarrar as chuteiras da Capcom. Não me lembro bem do jogo, mas era um jogo de ação bem básico e linear. Mesmo os Duck Tales antigos eram mais variados e interessantes.

  8. Gostei muito do tópico, só queria por esse comentário ressaltar outros dois games da Disney que seriam, ao menos, na minha opinião, dignos e merecedores de um remake, o primeiro seria o Goof Troop, do SNES, que ficaria bom em 3D, e o outro seria Donald Duck: Maui Mallard, do Mega Drive e do SNES, que ficaria bacana num “2.5d”…

  9. Fique tranquilo que vou cumprir com meu dever cívico e detonar (sem detonado como bom jogador das antigas que sou he he) os dois Duck tales e mais Metroid do NES e os dois zeldas do NES também. o.O’ já estou sofrendo só de pensar na dificuldade dos games do NES, se bem que o bom mesmo (pelo menos pra mim) é a dificuldade e o desafio que os games antigos ofereciam!!

    Comentário do AvcF: Nos Duck Tales, não se esqueça de pegar os tesouros secretos para fazer o final verdadeiro

  10. Me lembro que o pessoal tratava os dois Duck Tales pro NES como “Rockman da Disney”. Até faz algum sentido, levando em conta que quem os fez foi a Capcom mesmo.

    Pra mim sempre estiveram como uma espécie de intermediários entre um Rockman e um Super Mario Bros. (nesse caso estaria mais pro 2 – ou Super Mario USA, pros nipônicos).

  11. Na minha infância eu jogava muito aquele jogo do Donald para SNES… acho que era Maui Mallard que , se não me engano, foi produzido pela Disney Interactive… Até hoje jogo o próprio!

  12. Kra, comecei a jogar o DT1 pro snes SÁBADO! sem nem ler aqui! huaehuaeuhaehueauhaeuha
    que coisa!!! =D

    eu nunca terminei e tenho vergonha disso então comecei a jogar.

    Terminei na outra semana o rockin’ cats, que era um jogo que eu gostava pra krmba quando era criança, mas não tinha (e agora menos ainda – thank you save state) coordenação motora e reflexos pra terminar ele. Kra, como os chefes são impossíveis! oO’

  13. Sua idéia daria certo Avcf, mas duvido muito que a Disney queira re-ativar a franquia DuckTales ou qualquer outra franquia do passado “Mickey e sua turma” da vida.

    De qualquer forma, se fosse lançado, acho que seria algo bem mais “caça-níqueis-infantil” do que algo rebuscado e “mergulhavel” como eram as versões da Capcom ou da Sega.

    DuckTales é uma franquia infantil, assim como os atuais Hannah Montana e A Princesa eo Sapo, então se fosse lançado algo hoje, acho que seria bem parecido com os jogos que Hannah e a tal Princesa-Sapo tiveram da Disney Interactive: Infanto-bobo-juvenil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *